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Após 3 horas de depoimento, suspeito de tráfico de animais volta para o DPE

Delegado à frente do caso, Willian Ricardo disse que o rapaz “falou bastante coisa”, porém, não deu detalhes do que foi dito na oitiva

atualizado

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Nathália Cardim
Pedro Krambeck volta ao DPE após 3 horas de depoimento à PCDF
1 de 1 Pedro Krambeck volta ao DPE após 3 horas de depoimento à PCDF - Foto: Nathália Cardim

Durou aproximadamente 3 horas o depoimento do estudante de medicina veterinária suspeito de fazer parte de um esquema de tráfico de animais silvestres no DF. Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl chegou à 14ª Delegacia de Polícia (Gama) por volta das 11h15, no camburão da corporação. Pouco antes das 15h, deixou a unidade policial.

Segundo o delegado à frente da investigação, Willian Ricardo, Pedro falou “bastante coisa”. Os detalhes do que foi obtido na oitiva policial, porém, não foram divulgados.

Após o depoimento, Pedro seguiu direto para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) da PCDF, no Parque da Cidade, onde cumpre prisão temporária de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco, em caso de solicitação das autoridades policiais que conduzem a investigação.

O mandado de prisão foi cumprido no Guará, no apartamento onde o suspeito mora com a mãe, Rose Meire, e o padrasto, o coronel da Polícia Militar do DF (PMDF) Clovis Eduardo Condi. O casal também é investigado por suposto crime ambiental e ocultação de provas.

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O estudante, de 22 anos, entrou na mira da Polícia Civil após ter sido picado por uma cobra Naja kaouthia que criava como animal de estimação, apesar de a serpente não ser natural de nenhum habitat brasileiro. A suspeita é que o animal tenha sido trazido para o Distrito Federal a partir de uma licença irregular, emitida por uma servidora do próprio Ibama, que já foi afastada do cargo.

Documento que faz parte da investigação, ao qual o Metrópoles teve acesso com exclusividade, aponta Pedro como traficante de animais e “não mero colecionador”.

O mandado de prisão temporária foi cumprido no âmbito da quarta fase da Operação Snake.  Na saída de casa, no Guará, Pedro mostrou o dedo do meio para a imprensa, que faz a cobertura do caso desde o dia em que ele foi picado pela Naja. O delegado William Ricardo, da 14ª DP, informou que um termo circunstanciado foi lavrado contra o rapaz, que vai responder pelo gesto obsceno dirigido aos jornalistas.

A prisão temporária, com prazo inicial de cinco dias, foi decretada pela 1ª Vara Criminal do Gama, após representação da PCDF. Os investigadores constataram indícios de que Pedro, com outros investigados, estaria envolvido em uma associação criminosa responsável, entre outras condutas, pela destruição das provas relacionadas aos crimes ambientais.

Memória

Pedro foi picado pela Naja no dia 7 de julho. Levado ao Hospital Maria Auxiliadora, no Gama, chegou a ficar internado, em coma. Precisou receber soro antiofídico, enviado pelo Instituto Butantan, de São Paulo.

Assim que Pedro recebeu a picada da serpente, o amigo Gabriel Ribeiro, 24, iniciou uma peregrinação a fim de esconder os animais clandestinos que Pedro criava. A Naja foi achada perto do Shopping Pier 21. Outras 16 serpentes estavam em uma chácara em Planaltina.

Gabriel Ribeiro estava detido no Departamento de Polícia Especializada, mesma carceragem em que Pedro está, mas foi solto nesta quarta-feira. O documento ao qual o Metrópoles teve acesso com exclusividade também aponta que o estudante “encontra-se visivelmente ameaçado”, uma vez que procura proteger o padrasto de Pedro, o coronel Clovis Eduardo Condi.

Ainda segundo o documento, desde o início das investigações conduzidas pela 14ª DP, integrantes do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) têm atuado na tentativa de desvincular as serpentes localizadas dos investigados.

 

 

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