O panetone antecipa em dois meses o fim certo dos 365 dias do ano. Traz sabor e certa aflição para uma sociedade cada vez mais ansiosa
O panetone já está nas lojas de doces, nos supermercados, nas mídias, nos outdoors. Eu ainda nem tiquei toda minha agenda de “fazeres” de janeiro 24. Mas o panetone, nas prateleiras ou na mesa, anuncia a chegada do Natal, seguida de pertinho pelo efetivo final de ano.
O agravamento do cenário econômico emparedou o governo Lula.
O agravamento do cenário econômico emparedou o governo Lula. O presidente corre contra o relógio para apresentar ainda nesta semana seu pacote de ajuste das contas públicas por meio de um corte de despesas. A equipe econômica entrou no modo “agora vai” depois da péssima repercussão da declaração de Fernando Haddad de que não havia pressa para anunciar as novas medidas econômicas. Na verdade, o ministro da Fazenda paga o preço de, quando da aprovação do arcabouço fiscal, ter cometido o erro estratégico de buscar o equilíbrio fiscal exclusivamente pelo aumento da receita.
Abre-se um período de incerteza
Acordei mal, após menos de cinco horas de sono. Já havia adormecido com a quase certeza da vitória de Trump, depois confirmada. Desperto, fiquei pior, ao me deparar com um enxame de teorias explicativas, a maioria fundadas na decepção com os eleitores, arriscando novas chaves do comportamento do cidadão americano, e não raro extrapolando isso para o mundo. Os autores (as) todos (as) inteligentes, informados (as) , alguns e algumas até dessa área de estudos. Se estivessem certos, o que fazer então com os “velhos” modelos explanatórios?
Uma administração Harris terá como tarefa primordial reverter as conquistas da campanha Trump nas políticas
Na altura em que escrevo, milhões de norte-americanos dirigem-se às urnas e o resultado da eleição é incerto. Não sei por isso quem será o próximo Presidente dos Estados Unidos da América. Em todo o caso, independentemente do desfecho, a verdade é que Trump venceu. Se considerarmos como vitória política a capacidade de definir os termos do debate, de alargar as fronteiras do que é aceitável afirmar politicamente e de se colocar a si próprio e às suas bandeiras no centro da discussão, Trump ganhou. Fará muita diferença se Kamala for escolhida, mas uma administração Harris terá como tarefa primordial reverter as conquistas da campanha Trump nas políticas e, não menos relevante, na discussão no espaço público.
É triste constatar que convivemos com assassinos que, ao invés de processados e condenados, são louvados por grande parte da imprensa
Maria sabia que envenenava João, mas continuou na mesma trilha, sem alterar suas ações. Um outro João estava ciente de que, pouco a pouco, matava uma outra Maria, mas não mudou seu comportamento. Ainda um outro João divulgou mensagens falsas para esconder o fato de que, aos poucos, matava uma outra Maria. E muitos outros joões e marias seguiam na mesma trilha: conscientemente continuavam a matar outras marias e joões, mas alegavam que lhes era essencial continuar com as mesmas ações: questão de sobrevivência. Sobrevivência de quem, cara pálida?
Tudo poderá acontecer, menos nada
Um Donald Trump sem restrições e que não poderá mais se reeleger é a maior ameaça à democracia americana e ao mundo.
Por que será?
Trecho do artigo publicado hoje na Folha de S. Paulo por aquele que é um dos mais poderosos e influentes industriais brasileiros, Antônio Ermírio de Moraes:
“Olha o que aconteceu. Isso é loucura?” – pergunta Trump
Em 2026, Donald Trump não acreditou que poderia se eleger presidente dos Estados Unidos, derrotando a senadora Hillary Clinton, candidata do Partido Democrata. O Partido Republicano também não acreditou que seria possível. Mas ele venceu.
Donald Trump
“Eu não vou descansar até devolver a América segura e próspera que merecemos. Essa vai ser a era de ouro da América”. (Donald Trump, o 47º presidente dos Estados Unidos)
Enquete
É sua última oportunidade de acertar ou errar. Quem se elegerá presidente dos Estados Unidos? Respostas de 1.485 leitores:
Donald Trump – 21,3%
Kamala Harris – 78,7%
A América profunda falou mais alto
De meados do século passado para cá, o maior fenômeno político da história dos Estados Unidos tem nome e sobrenome: Donald John Trump, 78 anos, que na madrugada desta quarta-feira (6) se elegeu pela segunda vez presidente dos Estados Unidos.
Humor