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Amigo de estudante picado por Naja é preso suspeito de ocultar provas

Gabriel Ribeiro é amigo de Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, 22 anos, que foi picado pela serpente e chegou a ficar em coma

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1 de 1 Gabriel-Ribeiro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Nesta quarta-feira (22/7), policiais civis da 14ª DP (Gama) deflagraram a terceira fase da Operação Snake e prenderam, temporariamente, o estudante de medicina veterinária Gabriel Ribeiro, suspeito de integrar esquema voltado à prática de crimes ambientais.

Gabriel é amigo de Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, 22 anos, que foi picado por uma cobra no dia 9 de julho e chegou a ficar em coma no Hospital Maria Auxiliadora, no Gama. O rapaz, que também é estudante de veterinária, teve alta e está em casa, no Guará. Ele ainda não prestou depoimento.

O mandado de prisão foi expedido após representação da autoridade policial, tendo em vista a existência de indícios de que o alvo desta fase da operação estaria tentando, desde o início da investigação, obstruir as diligências realizadas pela Polícia Civil do Distrito Federal. Ele é suspeito inclusive de ter ocultado as serpentes que pertenciam ao jovem picado pela cobra da espécie Naja kaouthia.

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Advogada do Gabriel, Amanda Bedaqui esteve na delegacia nesta manhã e disse que vai entrar com pedido de habeas corpus, em caráter de urgência.

O amigo de Pedro foi um dos alvo da segunda fase da operação, deflagrada no último dia 16. O jovem chegou a ser conduzido para a 14ª DP (Gama). Os investigadores encontraram maconha na residência de Gabriel e o levaram à 14ª DP. O rapaz, que deve responder por uso de drogas, deixou o local sem falar com a imprensa.

Policiais cumpriram, na ocasião, quatro mandados, no Guará, Gama e Riacho Fundo. A segunda fase da operação teve apoio da Divisão de Operações Especiais (DOE) da PCDF e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Foram apreendidos diversos documentos, celulares, medicamentos de uso veterinário, mais uma serpente conhecida como Corn Snake (Cobra do milho) e vários itens usados na criação ilegal de animais silvestres e exóticos.

A Corn Snake tem origem americana. É usada em exposições e como alimento para outras cobras. A serpente não é peçonhenta, mas, no Brasil, não pode ser criada em casa. A prática pode até resultar em multa. O dono da cobra, que mora no Riacho Fundo e também é estudante de veterinária, foi alvo da operação. Os policiais o conduziram à delegacia, onde foi autuado por maus-tratos a animais.

O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Eduardo Condi também foi alvo da segunda fase da Operação Snake. Padrasto do estudante Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, ele também é suspeito de ocultação de provas.

O oficial, que prestou depoimento na 14ª DP assim como a mãe do estudante Pedro Henrique, foi visto saindo do prédio em que a família mora, no Guará, carregando caixas com as cobras.

Pelos menos 18 serpentes, incluindo a Naja, que está no Jardim Zoológico, foram apreendidas e seriam de Pedro. A PCDF investiga suspeita de tráfico internacional de animais.

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