De Daniel Silveira a Queiroz, PTB vira linha auxiliar do bolsonarismo
Após aproximação com o Palácio essa semana, partido de Jefferson acolhe bolsonaristas “raiz” e vira opção para não inchar o PL
atualizado
Compartilhar notícia
A aproximação do PTB com o Palácio do Planalto e o anúncio de que irá apoiar a tentativa de reeleição de Jair Bolsonaro aqueceu o movimento de filiação de bolsonaristas ao partido de Roberto Jefferson.
E essa adesão envolve aliados de primeira hora de Bolsonaro e não políticos que estejam chegando agora ou que passaram a apoiar o presidente após sua filiação ao PL.
O PTB se torna um partido de linha auxiliar do bolsonarismo, que desafoga o PL, não concentra os candidatos de Bolsonaro numa legenda só e diversifica para ganhar força nos estados.
Entre esses nomes estão o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), que, em fevereiro do ano passado, ainda preso, assinou uma ficha de filiação simbólica ao PTB, endossada por Roberto Jefferson, hoje detido em Bangu. A filiação vai se dar na janela eleitoral, agora em março. É candidato à reeleição.
Dois amigos de longa data de Bolsonaro, próximos de fato, encaminham suas filiações ao PTB: Fabrício Queiroz, o ex-Policial Militar envolvido no escândalo da “rachadinha” e Waldir Jacaré, quase um assessor pessoal do presidente também de longa data, há mais de 30 anos. Ambos, pré-candidatos a deputado federal, pelo Rio.
Abraham Weintraub, o controverso ex-ministro da Educação desse governo, é aguardado no PTB, partido pelo qual pode disputar o governo de São Paulo. É esperada também a filiação de Carla Zambelli (PSL-SP), da linha de frente do bolsonarismo.
Ontem, a deputada federal Soraya Manato (PSL-ES) anunciou seu ingresso no PTB, após o partido anunciar apoio a Bolsonaro.
“É com muita alegria que informo a todos que aceitei o convite do PTB para integrar o partido. Uma sigla de direita, conservadora e que apoia nosso presidente Bolsonaro” – postou Manato.
O próprio Jefferson, se tiver elegível, deve sair candidato a Senado pelo Rio de Janeiro.