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Dormir menos de 8 horas por noite pode aumentar a gordura na barriga

Segundo pesquisadores americanos, dormir menos de 8 horas por noite resultou no acúmulo de 12 gramas de gordura visceral em 4 anos

atualizado

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Mulher dormindo
1 de 1 Mulher dormindo - Foto: iStock

Um novo estudo, que será publicado na edição de maio da revista científica Sleep Medicine, sugere que não dormir o suficiente por noite pode aumentar as chances de acumular gordura visceral, o tecido adiposo que se deposita na cavidade abdominal e é responsável pela famosa barriga de chope.

Para a realização do estudo, os pesquisadores coletaram dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição dos Estados Unidos. Os participantes responderam um questionário para estimar quantas horas dormiam por noite e passaram por exames de raio X para calcular a porcentagem de gordura corporal.

Fizeram parte do levantamento mais de cinco mil voluntários, divididos igualmente entre homens e mulheres, entre 18 e 59 anos de idade. A média diária de sono deles foi pouco menos de sete horas, sendo que o recomendado é de sete a oito horas por noite.

Os pesquisadores concluíram que uma hora a menos de sono foi responsável pelo acúmulo de 12 gramas de gordura visceral ao final de quatro anos de acompanhamento.

A gordura visceral é perigosa pois leva ao vazamento de ácidos graxos na corrente sanguínea. O seu acúmulo pode aumentar o risco de problemas metabólicos graves, como obesidade, colesterol alto, pressão alta e resistência à insulina.

De acordo com os cientistas, dormir pouco leva a uma regulação anormal da atividade em diferentes partes do cérebro, afetando o centro de recompensa, sono e apetite, além de causar resistência à insulina. Isto pode explicar a conexão entre a falta de sono e o armazenamento de gordura visceral.

Segundo o principal autor do estudo, Panagiotis Giannos, o estudo fornece uma visão abrangente sobre a influência da privação de sono no armazenamento de gordura.

“Nosso estudo acrescenta evidências que sugerem uma ligação proeminente entre a privação de sono e o ganho de peso, o que pode ser clinicamente significativo, já que a adiposidade visceral está associada a problemas metabólicos, como resistência à insulina, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, diz.

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