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Privação de sono pode envelhecer cérebro em até dois anos, diz estudo

No entanto, um “sono de recuperação” pode reverter esses danos, de acordo com o grupo de pesquisadores internacionais

atualizado

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Imagem de homem com insônia sentado na cama à noite coçando os olhos - Metrópoles
1 de 1 Imagem de homem com insônia sentado na cama à noite coçando os olhos - Metrópoles - Foto: Jhorrocks/Getty Images

Não dormir direito pode causar danos muito mais sérios do que apenas te deixar irritado e cansado no dia seguinte. De acordo com um estudo publicado no Journal of Neuroscience no dia 20 de fevereiro, a falta de sono pode causar sérios danos no cérebro.

Para a realização do estudo, os pesquisadores de universidades da Alemanha, Suíça e Dinamarca analisaram os dados de ressonância magnética de 134 participantes saudáveis entre 19 e 39 anos.

Os voluntários apresentavam qualidade de sono variadas. Eles foram classificados em privação de sono total, quando o paciente passou a noite inteira em claro; privação parcial, quando ele só dormia três horas por noite; e privação crônica, no caso do voluntário dormir cinco horas por noite durante cinco dias consecutivos.

Todos os voluntários apresentaram pelo menos uma noite de sono basal. Isto é, dormiram por oito horas seguidas. Com base nos exames de ressonância, os cientistas calcularam a idade aparente de cada cérebro.

Os resultados demonstraram que os voluntários do grupo crônico e parcial não tiveram alterações significativas no cérebro. No entanto, os efeitos das noites em claro foram notoriamente maiores no grupo com privação total de sono. Segundo os cientistas, eles apresentaram um aumento da idade cerebral de um a dois anos.

Em contrapartida, esse mesmo grupo conseguiu reverter as alterações no cérebro com um “sono de recuperação”. De acordo com eles, a idade do cérebro não era diferente do normal após uma noite de sono basal.

Os pesquisadores concluíram que sono é fundamental para o ser humano manter as funções físicas e psicológicas normais, e defendem que mais investigações sejam feitas nesse sentido.

“Em conjunto, as descobertas indicam que a perda total aguda de sono altera a morfologia cerebral em uma direção semelhante ao envelhecimento em participantes jovens e que essas alterações são reversíveis pelo sono de recuperação”, afirmam.

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