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Dinheiro achado com Chico Rodrigues era para pagar empregados, diz defesa

Senador foi flagrado com notas escondidas entre as nádegas. Advogados dizem que montante encontrado é lícito

atualizado

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Myke sena/Especial Metrópoles
Senador Chico Rodrigues durante conversa com jornalistas
1 de 1 Senador Chico Rodrigues durante conversa com jornalistas - Foto: Myke sena/Especial Metrópoles

A defesa do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado por policiais federais com dinheiro entre as nádegas, afirmou que o parlamentar tem sido “linchado” por causa do “ato de terrorismo policial”.

Em nota publicada nesse domingo (18/10), os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso pontuaram que o dinheiro encontrado na casa do senador é lícito e que não há qualquer evidência de desvio.

“O dinheiro tem origem particular comprovada e se destinava ao pagamento dos funcionários de empresa da família do senador”, afirmou a defesa.

“Em 30 anos de vida pública, o senador nunca sofreu uma condenação, e agora está sendo linchado por ter guardado seu próprio dinheiro”, assinalaram.

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“[Sobre colocar o dinheiro na cueca,] Foi uma reação impensada, de fato, mas tomada diante de um ato de terrorismo policial, sem que haja qualquer evidência de desvio em sua conduta”, prosseguiram.

Ex-vice-líder do governo Bolsonaro, Chico Rodrigues teria desviado pelo menos R$ 965,8 mil de recursos públicos destinados ao combate à Covid-19, segundo análise da Polícia Federal (PF).

Chico foi alvo de mandado de busca e apreensão na quarta-feira (16/10). A PF bateu na porta da casa do senador em busca de valores superiores a R$ 20 mil e encontrou dinheiro até na cueca do parlamentar.

Os potenciais desvios de recursos públicos deveriam ter sido aplicados no combate à pandemia do novo coronavírus em Roraima, mas há indícios de fraudes e direcionamento de licitação no processo.

Para a PF, Chico Rodrigues faz parte do núcleo político da organização criminosa, que conta com a participação de uma empresa, além de funcionários e do então secretário de Saúde do estado.

No documento, os agentes da Polícia Federal descrevem que, além da quantia de dinheiro, “foram encontradas uma arma de fogo e munição de calibres diversos, sem registro, no armário do senador”.

Leia a íntegra da nota:

“A defesa do senador Chico Rodrigues manifesta sua perplexidade com o linchamento sofrido por ele, sem que haja qualquer prova contra sua conduta.

O dinheiro tem origem particular comprovada e se destinava ao pagamento dos funcionários de empresa da família do senador.

E mais: os recursos destinados por emenda parlamentar à Covid-19 em seu estado seguem nas contas do governo, de forma que nem ele, nem ninguém, poderia deter esses recursos.

Em 30 anos de vida pública, o senador nunca sofreu uma condenação e agora está sendo linchado por ter guardado seu próprio dinheiro. Foi uma reação impensada, de fato, mas tomada diante de um ato de terrorismo policial, sem que haja qualquer evidência de desvio em sua
conduta.

Ter dinheiro lícito em casa não é crime. O único ato ilícito deste caso é o vazamento dos registros da diligência policial arbitrária que ele sofreu.”

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