Bolsonaro sobre colapso da saúde em Manaus: “Nós fizemos a nossa parte”
Sem oxigênio nos hospitais, capital do Amazonas vai transferir mais de 700 pacientes e terá toque de recolher. Situação no estado é caótica
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta sexta-feira (15/1) que o governo federal fez sua parte ao enviar recursos à capital amazonense para ajudar na crise de saúde pela qual passa o estado.
O sistema de saúde do Amazonas vive uma situação de colapso com o recrudescimento dos casos de infectados pelo novo coronavírus e a alta de mortes em decorrência da doença. Depois que as internações por Covid-19 bateram recorde na unidade federativa, os hospitais, sobrecarregados, ficaram sem oxigênio para pacientes.
“A gente está sempre fazendo o que tem que fazer, né? Problema em Manaus: terrível o problema lá, agora nós fizemos a nossa parte, com recursos, meios. Hoje as Forças Armadas deslocou (sic) para lá um hospital de campanha, tá certo? O ministro da Saúde esteve lá na segunda-feira, providenciou oxigênio, começou o tratamento precoce, que alguns criticam ainda”, assinalou o mandatário do país.
Doentes começaram a ser levados para outros estados. Lotados, os cemitérios instalaram câmaras frigoríficas. O governador Wilson Lima (PSC) decretou toque de recolher por 10 dias. Ninguém pode sair de casa entre 19h e 6h. A medida é uma tentativa de conter a propagação do vírus.
O mandatário conversou com apoiadores na manhã desta sexta, antes do expediente no Palácio do Planalto. O vídeo da conversa foi divulgado no YouTube por um canal alinhado ao presidente e possui cortes e edições.

No Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, na zona centro-sul de Manaus, amigos e familiares aguardam a liberação dos corpos das vítimas de Covid-19 Fotos Hugo Barreto/Metrópoles

Município enfrenta colapso na rede de saúde Fotos Hugo Barreto/Metrópoles

Chegada de oxigênio ao hospital Fotos Hugo Barreto/Metrópoles

Corpos em câmaras frias Fotos Hugo Barreto/Metrópoles

Em janeiro de 2021, o consumo diário de oxigênio chegou a 76,5 mil metros cúbicos, afirma o governo. A produção da empresa é de apenas 28,2 mil metros cúbicos por dia Fotos Hugo Barreto/Metrópoles

Estado tem mais de 5,8 mil mortos por Covid-19 Fotos Hugo Barreto/Metrópoles
Medicamentos sem eficácia comprovada
Aos simpatizantes, Bolsonaro voltou a defender a administração de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da Covid-19. Segundo pesquisadores, além de não possuírem comprovação, as drogas podem ocasionar danos colaterais aos pacientes.
A agência de medicamentos da União Europeia (EMA) alertou que o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina está associado ao risco de distúrbios psiquiátricos e comportamentos suicidas.
“O médico pode receitar o tratamento precoce. Se o médico não quiser, procure outro médico. Não tem problema. Repito o tempo todo aqui: no meu prédio, mais de 200 pessoas pegaram a Covid-19, se trataram com cloroquina e ivermectina, ninguém foi para o hospital. E assim vocês veem exemplo no Brasil todo”, afirmou.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o presidente da República, Jair Bolsonaro. Igo Estrela/Metrópoles

TCU vai investigar desperdício de dinheiro público com descarte de medicamentos no governo Bolsonaro Igo Estrela/Metrópoles

Eduardo Pazuello Igo Estrela/Metrópoles

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Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro Igo Estrela/Metrópoles

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Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello Igo Estrela/Metrópoles

Posse do Ministro Pazuello Igo Estrela/Metrópoles

Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro Igo Estrela/Metrópoles

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Alcolumbre diz que trabalhou em ambiente conturbado Igo Estrela/Metrópoles