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Covid-19: governador do Amazonas anuncia toque de recolher em Manaus

Circulação de pessoas estará proibida entre as 19h e as 6h na capital do estado, onde as mortes por Covid-19 crescem diariamente

atualizado

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Divulgação/Secom
Wilson Lima
1 de 1 Wilson Lima - Foto: Divulgação/Secom

O governador de Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou, no início da tarde desta quinta-feira (14/1), em coletiva de imprensa, que vai decretar toque de recolher em Manaus (AM).

A crise causada pela pandemia do novo coronavírus na capital de Amazonas tem se agravado dia após dia, sobretudo com a falta de oxigênio para pacientes internados pela doença.

“Estamos decretando o fechamento de todas as atividades e circulação de pessoas entre as 19h e as 6h, exceto atividades e transportes especiais à vida”, disse o governador amazonense.

O decreto – ainda não publicado – também vai suspender, segundo Wilson Lima, o transporte coletivo de passageiros entre as rodovias e rios, exceto o transporte de cargas.

“Vamos ampliar algumas medidas de restrição. São medidas necessárias nesse momento e que, para alguns, podem parecer duras, mas estamos visando, acima de tudo, a proteção das vida das pessoas”, disse.

Até terça-feira (12/1), Manaus registrou 2.221 novas hospitalizações, recorde para um mês – apesar de ainda estarmos na primeira metade de janeiro. O número é maior do que o total de internações registradas em todo o mês de abril.

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, reuniu com Wilson Lima nessa segunda-feira (11/1) para tratar da particularidade de Manaus e anunciou uma série de medidas para a capital.

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Além disso, ao anunciar a distribuição de oito milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus ainda em janeiro, o ministro da Saúde disse, sem detalhes, que a cidade terá “prioridade” no plano de vacinação.

“Estamos em uma operação de guerra diante dessa pandemia”, disse Wilson Lima. Hoje, o estado do Amazonas que é referência para o mundo, está clamando, pedindo socorro”, prosseguiu.

“Considerado por muitos o pulmão do mundo. [Temos] uma floresta que produz uma quantidade significativa de oxigênio. Mas, hoje o nosso povo está precisando desse oxigênio, dessa ajuda. Vamos continuar lutando”, encerrou.

 

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