metropoles.com

Moraes usou critérios diferentes para manter e revogar prisão de PMs

Ministro do STF argumentou que militares da reserva poderiam ser livres, mas soltou um agente da ativa

atualizado

Compartilhar notícia

Vinícius Schmidt/Metrópoles
Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal - Metrópoles
1 de 1 Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Ao mandar soltar os ex-comandantes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), envolvidos com o 8 de Janeiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes usou argumentos diferentes para manter a prisão de outro PM.

Ao fundamentar a soltura, afirmou que os agentes poderiam ir para a casa por estarem na condição de reserva. Fato é que um dos soltos, o coronel Marcelo Casimiro, ainda está na ativa. Casimiro era o chefe do 1º Comando de Policiamento Regional do DF.

Na fundamentação, Moraes considerou que a reserva (basicamente uma aposentadoria), afasta eventual capacidade de organização da tropa para atuar em benefício próprio. Casimiro, no entanto, continua ativo na PMDF, segundo consta a relação de oficiais da polícia.

Já o coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, que estava no exercício da chefia do Departamento de Operações (DOP) em 8 de Janeiro, continua preso. Ele está na reserva desde fevereiro de 2023, conforme consta no Boletim Reservado do Comando Geral da PMDF.

Se Moraes tivesse seguido o critério que usou para soltar os três coronéis, Paulo José também deveria ter conquistado a liberdade. Por isso, a defesa dele entrou com petição no STF pedindo a revogação da prisão preventiva.

Resta saber o que Alexandre de Moraes irá fazer: se vai mandar soltar Paulo José e manter a liberdade de Casimiro, ou mandará prender este último. Caso mantenha a liberdade do coronel, abre brecha para liberar o ex-comandante do DOP Jorge Eduardo Naime Barreto; o major Flávio Silvestre de Alencar e o tenente Rafael Pereira Martins.

Moraes deu liberdade provisória a apenas três dos sete oficiais da PMDF que estavam presos por suposta omissão no 8 de Janeiro. Todos eles são réus por omissão, abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e violação dos deveres.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comBlog do Noblat

Você quer ficar por dentro da coluna Blog do Noblat e receber notificações em tempo real?