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CPI: empresário que faz campanha antivacina alega “liberdade de expressão” para dizer que máscara não funciona

Diante de afirmações de Otávio Fakhoury, vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, interveio: “Brasileiros, não façam como o sr. Fakhoury”

atualizado

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Oscar Fakhoury
1 de 1 Oscar Fakhoury - Foto: Reprodução

Sentado no banco da CPI da Covid-19 para explicar suas relações com financiamento de fake news e discurso de ódio, o empresário Otávio Fakhoury revoltou senadores já na primeira hora de depoimento.

O dono do site Crítica Nacional e vice-presidente do Instituto Força Brasil, logo de início disse ser contra a vacina, contra o uso de máscara e defendeu fortemente o tratamento precoce com hidroxicloroquina e ivermectina.

“Quatorze pessoas da minha família pegaram Covid. Ninguém morreu. Todos fizeram tratamento. Meus filhos usam ivermectina para piolho, então é tranquilo”, disse aos senadores na CPI.

O empresário ainda disse não acreditar no uso de máscaras para proteção contra a Covid. “É só para quem está doente”, disse. Diante de todas as afirmações, que contrariam estudos científicos, Fakhoury alegou que é a opinião dele. O pano de fundo é o mesmo usado por outros depoentes bolsonaristas: “É meu direito à liberdade de expressão”, afirmou.

Neste momento, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o interrompeu: “Liberdade de opinião é torcer para o Flamengo, para o Ceará ou ser de esquerda ou de direita. Quando a liberdade de opinião atinge a saúde, a vida de outros, não é liberdade de opinião”, advertiu o senador.

“A todos os brasileiros: não façam como o sr. Fakhoury. Vacinem-se, usem máscara”, concluiu Randolfe.

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