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Saúde diz que “não pode esperar” estudos científicos sobre a cloroquina

“Em tempos de guerra”, secretária diz que é preciso oportunizar o remédio para dar direito de escolha ao brasileiro

atualizado

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O Ministério da Saúde publicou, na manhã desta quarta-feira (20/05), um documento com orientações para o uso da cloroquina em pacientes com quadros leves e moderados de Covid-19, apesar da falta de evidências científicas de que o medicamento tenha eficácia contra a doença.

Questionados em entrevista coletiva, durante a tarde, sobre o papel da ciência na decisão relativa à liberação da cloroquina, os secretários da pasta afirmaram que “não se pode esperar” as pesquisas.

“Todos sabemos que estudos científicos demandam tempo. O vírus é novo, o comportamento ainda não é conhecido inteiramente pela comunidade científica. Se formos esperar que sejam seguidos todos os passos para que tenhamos evidências para adotar uma terapia, já terá acabado a epidemia e milhares morrerão“, declarou o secretário executivo substituto, Élcio Franco.

Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, afirmou que o país vive um momento de guerra e garantiu que o governo não está se afastando da ciência.

“Não estamos considerando que não são necessárias evidências científicas robustas. Estamos fazendo monitoramento diário sobre os estudos. Mas não podemos esperar evidências para oportunizar aos brasileiros o direito de dizer se querem ou não usar o remédio“, diz.

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