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Câncer de esôfago: saiba quais são os tipos e principais sintomas

O oncologista Marcos França ensina a identificar os primeiros sintomas do câncer de esôfago

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Ilustração mostra um esôfago e o zoom de uma massa cancerígena na região - Metrópoles
1 de 1 Ilustração mostra um esôfago e o zoom de uma massa cancerígena na região - Metrópoles - Foto: GettyImages

O câncer de esôfago é uma lesão maligna que se inicia, geralmente, nas células que revestem o interior do órgão. É o oitavo tipo de câncer mais recorrente no mundo e a incidência em homens é cerca de duas vezes maior que em mulheres.

A cada dois anos, 11.390 novos casos são diagnosticados no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O oncologista Marcos França, do Hospital Santa Marta, em Brasília, explica que existem dois tipos de câncer no esôfago: o carcinoma epidermoide e o adenocarcinoma.

Tipos de câncer de esôfago

O carcinoma epidermoide é um tumor mais relacionado ao tabagismo e à ingestão elevada de bebidas alcóolicas, de acordo com França. Geralmente, esse tipo de câncer leva ao emagrecimento do paciente devido à dificuldade da passagem do alimento pelo esôfago, pontua o médico.

Já o câncer do tipo adenocarcinoma ocorre quando existe o refluxo gastroesofágico. Esse retorno do ácido do estômago para o esôfago eleva o risco de lesões na parte final do órgão, facilitando o desenvolvimento do tumor.

Sintomas

De acordo com França, os sintomas dependem da localização da lesão. O carcinoma epidermoide, por exemplo, afeta a parte superior ou média do órgão, causando alguns problemas como:

  • Dificuldade de deglutição;
  • Dor para engolir;
  • Perda de peso;
  • Indigestão.

Já os sintomas do adenocarcinoma, que normalmente são confundidos com os sinais da doença do refluxo gastroesofágico, são:

  • Sensação de dor na parte central do peito;
  • Sensação de queimação;
  • Regurgitação do próprio refluxo;
  • Dificuldade da passagem do alimento;
  • Perda de peso em casos mais avançados.

Qual é o primeiro sinal de alerta?

O primeiro e grande sinal de alerta, de acordo com o oncologista, é quando o paciente apresenta dificuldades para se alimentar.

“Quando ele não consegue engolir com facilidade, sente o alimento ‘preso’, ou que aquela comida não é devidamente processada, é preciso buscar ajuda médica”, afirma.

O segundo sinal é a perda de peso, principalmente se ela for muito acentuada. Outros sinais comuns decorrentes do emagrecimento severo são fraqueza, indisposição, anemia e inchaço das pernas, entre outros.

Como o câncer de esôfago pode afetar outras áreas do corpo?

Segundo França, o câncer pode invadir as estruturas ao redor do esôfago, onde passa a traquéia, por exemplo. O paciente pode ter, além da dificuldade de deglutição, problemas de respiração e começar a cuspir sangue. No caso de metástase, o tumor pode migrar para o fígado, linfonodos, pulmão e outros órgãos.

Como diminuir o risco do câncer?

De acordo com o oncologista, reduzir o consumo de bebidas alcóolicas, principalmente de destilados, e evitar o tabagismo são algumas medidas importantes para diminuir as chances de desenvolver o câncer. Além disso, pessoas que sofrem com refluxo precisam fazer o acompanhamento rotineiro com um médico gastroentereologista.

Como é o tratamento?

Como toda doença, o tratamento para o câncer de esôfago depende do quão avançado o tumor está. Pontos que influenciam no tratamento, segundo o oncologista, são onde a doença está localizada e se ela já se encaminhou para algum outro órgão.

O quadro clínico do paciente também influencia na abordagem terapêutica. Por exemplo, se o indivíduo está muito magro e com sinais de fraqueza, primeiro vai ser tratada a desnutrição para depois começar a lidar com o câncer.

A terapia pode envolver quimioterapia, radioterapia ou até mesmo cirurgia. Se descoberto no estágio inicial, o câncer de esôfago pode ser curado.

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