Rússia: 3,5 mil são presos em protestos contra a guerra neste domingo

Atos de resistência, contrários à guerra travada por Putin contra a Ucrânia, seguem acontecendo. Uma das manifestações ocorreu em Moscou

atualizado 06/03/2022 12:55

Militante é presa em manifestação anti-guerra em Moscou, Rússia, após a invasão das tropas do pais na Ucrânia. Ela é levada por dois soldados em meio à multidão - Metrópoles Sergei SavostyanovTASS via Getty Images

Os protestos contrários à guerra continuam acontecendo em cidades russas, apesar da ameaça de prisão e investida policial. Só neste domingo (6/3), 3,5 mil pessoas foram presas em atos que ocorreram em todo o país.

Conforme anúncio do governo, 1,7 mil manifestantes foram detidos em Moscou, 750 em São Petersburgo. De acordo com dados da organização ONG OVD-Info, que monitora os protestos na Rússia, mais de 11 mil pessoas já foram detidas desde 24 de fevereiro, início da invasão na Ucrânia.

Vladimir Putin acirrou as medidas de controle social e ampliou o policiamento nas ruas das principais cidades do país, na tentativa de intimidar os atos, mas a resistência segue presente, à medida que os ataques russos aumentam na Ucrânia.

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Neste domingo, Putin declarou que os ataques e bombardeios só vão parar quando as tropas ucranianas deixarem de resistir. Há dois dias, as negociações entre os dois países tentam chegar a um acordo de cessar-fogo para retirar civis das zonas de conflito.

Pelo segundo dia consecutivo, o procedimento foi adiado, por causa do descumprimento das regras estabelecidas por parte das tropas russas.

A paralisação parcial dos bombardeios e ataques localizados não ocorreu como o previsto, para promover os chamados corredores humanitários.

O governo ucraniano tenta retirar mais de 200 mil pessoas da cidade portuária de Mariupol e pelo menos 15 mil de Volnovacka. A região está sendo bombardeada há uma semana.

O prefeito de Mariupol disse que a cidade está submetida a um bloqueio, sem fornecimento de energia elétrica, água, alimentos, gás e transporte.

Neste domingo, o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, voltou a destacar o fato de que bombardeios russos estão atingindo civis. Mais de 1,5 milhão de refugiados já deixaram a Ucrânia, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

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