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Produtores pedem que Ibaneis reavalie decisão sobre cancelamento do Carnaval

Em âmbito nacional, responsáveis por eventos também pedem cautela aos governantes

atualizado

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Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles
Carnaval Bloco Galinho de Brasília passando pelo Eixo Monumental
1 de 1 Carnaval Bloco Galinho de Brasília passando pelo Eixo Monumental - Foto: Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles

Produtores de eventos da capital federal veem como precipitada a decisão do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), de cancelar as festas públicas e privadas de Carnaval em Brasília. O chefe do Executivo fez o comunicado nesta quinta-feira (6/1) e a decisão deve ser publicada no Diario Oficial do DF nos próximos dias.

Ibaneis baseou a decisão no aumento significativo de casos de Covid-19 e de influenza, circunstância que tem lotado as emergências dos hospitais públicos e privados.

Para Bruno Sartório, um dos sócios do grupo R2, a decisão de cancelar as festas – que incluem o Carnaval no Mané – deveria ser adotada com mais cautela.

“Nosso desejo é que medidas drásticas sejam tomadas com mais cautela e baseada sim em dados preocupantes e sólidos, como a vida das pessoas. E ainda não temos esses dados. O Carnaval só será daqui a 45 dias”, afirmou Sartório.

“Planejamos com muito cuidado o nosso retorno, escolhemos uma data bem à frente do que os próprios decretos já tinham liberado, escolhemos o Carnaval como esse marco. Mas não fizemos apenas isso! Desenvolvemos no nosso sistema uma forma de validação do controle de vacinas, onde só será permitido a entrada nos eventos de pessoas que estão com os imunizantes atualizados, de acordo com a orientação vigente”, completa o empresário.

Outros produtores do Distrito Federal ouvidos pelo Metrópoles confirmaram que aguardam o decreto para entender como irão proceder.

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A Associação das Agências de Viagens do Distrito Federal (Abav) e o Sindicato de Turismo do DF (Sindetur) também se pronunciaram contra a medida.

“Nunca tivemos dúvidas que a saúde das pessoas deve vir em primeiro lugar. A nossa proposta é que aguardemos evidências técnicas e científicas mais amplas sobre o tema para auxiliar a cidade numa melhor tomada de decisões”, diz nota conjunta.

A taxa de transmissão do novo coronavírus chegou a 1,27 no Distrito Federal, índice divulgado pela Secretaria de Saúde no boletim epidemiológico de quarta-feira (5/1). Contudo, a ocupação dos leitos específicos para pacientes com coronavírus segue no sentido inverso e apresenta queda.

Cenário nacional

O DF junta-se a pelo menos 10 capitais brasileiras que cancelaram o Carnaval de rua em 2022. O aumento de casos da variante Ômicron da Covid-19 e de influenza A H3N2 no Brasil levou prefeitos a baterem o martelo sobre a decisão de não sediar a folia neste ano.

Festas tradicionais, como as dos blocos de rua do Rio de Janeiro (RJ) e de Salvador (BA), não ocorrerão neste ano. São Paulo também optou por cancelar o Carnaval.

Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) considera que a suspensão do Carnaval em importantes capitais é prematura.

“A retomada dos eventos de cultura e entretenimento é um processo que está em andamento em todo o país, de acordo com os índices epidemiológicos de cada região. Nos últimos meses, várias atividades foram realizadas de forma segura, seguindo protocolos sanitários, sem que houvesse influência no número de casos de Covid-19. Dessa forma, a Abrape considera precipitado e prematuro o cancelamento de eventos que obedecem os cuidados necessários e exigidos”, informa a nota.

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