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“Não é momento para aglomeração desta ordem”, diz Doria sobre Carnaval

Integrantes do governo e do Comitê Científico pedem cautela com aumento de casos e Ômicron, mas decisão sobre Carnaval é das prefeituras

atualizado

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JENNIFER ANIELLE/SECOM
Bloco Minhoqueens, no Carnaval de São Paulo, em 2020
1 de 1 Bloco Minhoqueens, no Carnaval de São Paulo, em 2020 - Foto: JENNIFER ANIELLE/SECOM

São Paulo – A avaliação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e de seu Comitê Científico é de que não se mostra recomendável, neste momento, autorizar a realização do Carnaval de rua e o desfile de escolas de samba no Sambódromo. Entretanto, a decisão caberá às prefeituras do estado, que têm a competência para definir esse tipo de evento.

“A decisão sobre o Carnaval cabe às prefeituras, mas não é o momento para aglomerações desta ordem, portanto a recomendação é evitar que isso aconteça”, afirmou Doria sobre a folia de rua. A capital paulista vai definir nessa quinta-feira (6/1) se vai ou não realizar desfile de blocos nas ruas, e em que condições.

O coordenador do Comitê Científico, João Gabbardo, afirmou que seria possível um evento em local fechado, desde que seja exigida a vacinação contra a Covid-19, uso de máscaras e testagens, mas ainda assim haveria grandes riscos de contaminação.

“Já Carnaval de rua, esse não temos como fazer o controle, fica liberada a participação de todos, não tem como acompanhar se está vacinado, isso neste momento é impensável nestas condições. E mesmo o Carnaval, o desfile, porque para as pessoas chegarem aos locais de desfile, elas vão se aglomerar no transporte coletivo, vai haver aglomeração na entrada, na saída. Isso sempre é um risco, e neste momento é um risco muito alto”, afirmou.

O médico infectologista e professor da Faculdade de Medicina da USP Esper Kallas, que também participa do comitê, disse que a presença da variante Ômicron acende um alerta para aglomerações.

“A gente está ainda aprendendo, o que vem acontecendo em outros países pode servir de exemplo para nós, principalmente na África do Sul.  Cada vez a gente está mais próximo do Carnaval e precisar o que vai acontecer lá com uma onda tão explosiva é imprevisível, porque a gente pode estar numa onda de disseminação bastante intensa”, disse.

Já o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que ainda há “um período muito longo” até 26 de fevereiro, quando se inicia o Carnaval, e que muita coisa pode mudar até lá.

“É natural que nesta aglomeração festiva as pessoas acabem não utilizando de máscara, que a retirem para cantar, beber, isso sem dúvida gera maior risco de disseminação. Pensar em qualquer condição que acumule pessoas nas ruas é preocupante. Quando vamos olhar os cenários controlados, é exigência de vacinação mas também de testagem. Se isso acontecer, vamos ser anuentes, caso contrário, não sugerimos que isso aconteça”, opinou.

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