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Exército x PMDF: general Dutra rebate acusações de ex-comandante em CPI

Enquanto ex-comandante da PMDF relata proteção de Exército aos acampados no QG, general diz que nunca houve ordem de desmobilização

atualizado

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Luís Nova/Especial Metrópoles
manistestantes bolsonaristas terroristas invadem o Congresso Nacional e destroem o patrimonio 25
1 de 1 manistestantes bolsonaristas terroristas invadem o Congresso Nacional e destroem o patrimonio 25 - Foto: Luís Nova/Especial Metrópoles

O último depoimento prestado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos colocou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e o Exército Brasileiro em um conflito de versões. O general Gustavo Henrique Dutra, ouvido nessa quinta-feira (18/5), rebateu acusações de que teria impedido a desmobilização do acampamento golpista, como relatado pelo ex-comandante de Operações coronel Jorge Eduardo Naime.

Dutra afirmou na CPI que o Exército “tentou desmotivar o acampamento desde o início”, que adotou uma “estratégia indireta para desmobilizar” aquele ato e que nenhuma instituição caracterizou a manifestação como ilegal. O cenário descrito por Naime é outro. Segundo ele, forças de segurança do DF tentaram acabar com o protesto pedindo golpe no QG, mas foram impedidas pelo Comando Militar do Planalto (CMP), gerido por Dutra até abril deste ano, quando foi exonerado por Lula (PT).

Além das falas aos deputados distritais da CPI, o general entregou um documento memorial à Câmara Legislativa detalhando ações dele à frente do CMP. Citando “supostas tentativas de esvaziamento do acampamento pela Polícia Militar”, Dutra é enfático ao colocar a versão da PM contra a parede: “Essa alegação não merece prosperar”.

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Enquanto o ex-comandante de Operações da PMDF e outros depoentes da CPI — como a coronel da Polícia Militar Cíntia Queiroz, subsecretária de Operações Integradas da Segurança Pública — citaram três vezes em que forças foram mobilizadas para retirar o acampamento, o general alega que as ações eram apenas para combater o comércio ilegal e outras possíveis irregularidades.

“O objetivo da operação, conforme planejamento, era a atuação do DF Legal e outros órgãos para o combate de crimes e irregularidades no interior do acampamento”, traz o memorial entregue por Dutra.

GDF

Ainda em dezembro de 2022, o governador Ibaneis Rocha (MDB) declarou que iria “acelerar a desmobilização” de bolsonaristas no acampamento do Quartel-General em Brasília. Já em janeiro, após o dia 8, ele afirmou à Polícia Federal que o Exército impediu a remoção da estrutura no QG. Celina Leão, que chegou a ser governadora em exercício, também ressaltou que a desmobilização foi impedida.

Mas o general Dutra pontua que foi do próprio GDF a decisão de “estabelecer o SMU como ponto de concentração de manifestantes de fora de Brasília”, e que isso iria na contramão das “ações restritivas do CMP”. “Essa decisão contradiz a alegação, que tem sido vinculada na imprensa, de que o GDF queria a dissolução do acampamento e teria sido impedido pelo Exército”.

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