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CACs protagonizam cerca de 20 ocorrências com armas no DF desde 2022

Ocorrências trágicas envolvendo CACs têm recorrência no DF, onde mulher de 26 anos foi assassinada por homem com registro nessa quarta-feira

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
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1 de 1 Arma - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Um crime chocou o Distrito Federal nos primeiros dias do ano, quando um homem com registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) matou a tiros a ex-mulher, aos 26 anos, na frente da filha, de 5. Mas ocorrências protagonizadas por pessoas com CAC vêm acontecendo com recorrência na capital. Cerca de 20 casos envolvendo cidadãos legalmente armados foram noticiados pelo Metrópoles desde 2022.

São mortes, ameaças, tiros e diversas violências contra a mulher, como feminicídio e estupro. Segundo dados do Exército Brasileiro, a 11ª Região Militar, que integra Distrito Federal, Goiás, Tocantins e triângulo mineiro, registrou 59.925 novas armas no acervo de CACs em 2022. Comparando com 2012, quando 1.329 novas armas foram registradas, houve um aumento de 4.409%.

Na última quarta-feira (10/1), Tainara Kellen Mesquita da Silva foi vítima de feminicídio na frente da própria filha, no Gama. O acusado, Wesly Denny da Silva Melo, um CAC de 29 anos, preso nessa quinta (11/1), executou a ex-mulher com um tiro no rosto, quatro nas costas e um nas nádegas, usando uma pistola 9 mm.

O roteiro trágico não é novo. Em julho de 2023, o serralheiro Bruno Gomes Mares, CAC de 39 anos, atirou e matou a companheira, Patrícia Pereira de Sousa, 41, com um disparo no pescoço, também com uma pistola 9 mm. De acordo com a versão do suspeito, a vítima teria o ameaçado com uma faca. O assassinato aconteceu na frente da filha de Patrícia, uma jovem de 22 anos.

Já em Ceilândia, em 2022, um empresário com registro de CAC tentou estrangular e matar a companheira. Depois, incendiou uma gráfica. Em seguida, deu um tiro na própria cabeça com uma carabina. Ele acabou morrendo dias depois.

Morador de rua, mulheres e crianças

Pessoas mais vulneráveis costumam ser vítimas de crimes com autores CACs. Em janeiro de 2023, a Polícia Civil do DF (PCDF) prendeu o suspeito de assassinar um jovem em situação de rua na comercial da 402 Sul. O suspeito, Kessy Jhones Braga de Oliveira, 28, atuava como vigilante de um bar na quadra e tinha certificado de CAC. Ele foi detido em casa, na Vila Planalto, com a arma usada no crime — uma pistola 9 mm, com três carregadores e 16 balas.

Em outubro do ano passado, a PCDF cumpriu mandado de busca e apreensão contra um CAC de 55 anos acusado de espancar, estuprar e ameaçar de morte a própria companheira. Os policiais apreenderam armas e várias munições na casa do agressor. Em uma das ocasiões denunciadas, ele jogou a companheira em um sofá e enfiou o cano de uma pistola na boca dela, ordenando que ela ficasse em silêncio.

Em 2022, um homem com registro de Caçador, Atirador e Colecionador manuseava uma pistola 9 mm quando disparou acidentalmente e atingiu o pé de uma criança de 9 anos, dentro de uma residência, em Ceilândia. Um ano depois, na Estrutural, a PCDF prendeu um CAC de 43 anos por tentativa de feminicídio contra a própria filha, de 21, após ele ter atirado na nádega dela.

Ameaças

Também são recorrentes casos em que pessoas com armas legais usam desse artifício para ameaçar vítimas, muitas vezes por motivos fúteis. Como quando uma discussão entre vizinhos acabou em ameaça com revólver, em Sobradinho 2, ou quando uma briga de trânsito no Entorno acabou em tentativa de homicídio, após o autor do crime atirar contra um carro com duas crianças dentro.

Em outro caso que chamou atenção, em Vicente Pires, um CAC ameaçou e ofendeu o amigo do filho por fumar maconha. O autor xingou os jovens de “vagabundos, marginais e maconheiros” e tentou colocar o cano da arma na boca de um jovem de 21 anos.

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