metropoles.com

Aluno ameaça ataque em escola de Águas Claras: “Apenas orem”

Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) detalhou que ameaça de ataque, marcado para esta 4ª feira, foi publicada no Instagram

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Redes sociais
publicação-instagram-ameaça-ataque-escola-águas-claras1
1 de 1 publicação-instagram-ameaça-ataque-escola-águas-claras1 - Foto: Reprodução/Redes sociais

Um estudante de uma escola particular na Avenida Jequitibá, em Águas Claras, ameaçou fazer um ataque à instituição de ensino, na manhã desta quarta-feira (29/3). O aviso foi publicado no Instagram. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) acompanha o caso.

Em mensagens publicadas anonimamente na internet, o estudante ameaçou alunos do 6º, 7º e 8º ano. “Apenas orem e rezem ao seu deus. Aproveitem enquanto podem. Amanhã [quarta-feira] será o grande dia”, escreveu.

Ataque em escola de Águas Claras seria cometido com bomba, afirma PCDF

O aluno acrescentou: “O tempo está acabando, seus vermes insolentes. Amanhã, o momento irá chegar, seus humanos desprezíveis”. Apesar do ocorrido, as aulas no colégio não foram suspensas.

Veja imagens:

0

Ao Metrópoles a direção da escola confirmou a informação. Nesta manhã, uma equipe de militares do Batalhão de Policiamento Escolar (BPEsc) esteve no colégio em que o jovem estuda e verificou que a ameaça não se concretizou. A Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) registrou ocorrência.

Gestores da instituição de ensino identificaram o aluno — que teria publicado as ameaças em um perfil anônimo — e entraram em contato com a família dele. O estudante seria alvo de bullying de colegas e apresentava “perfil isolado”, segundo a direção da escola.

“Quando trabalhamos em escola, percebemos que algo como [o que ocorreu em] São Paulo gera uma onda em todas as outras”, comentou a diretora pedagógica da instituição, Amanda Mussauer. “Mas as mensagens tinham cunho de revolta e referência a ter sofrido bullying.”

A reportagem não divulgará o nome do colégio envolvido, para não gerar pânico entre a comunidade escolar, uma vez que foram tomadas providências, e o plano não se concretizou. A assessoria da instituição informou que o perfil com as ameaças foi apagado do Instagram.

Casos semelhantes

Nessa segunda-feira (27/3), uma professora foi assassinada a facadas, em São Paulo, atacada por um estudante que invadiu a Escola Estadual Thomazia Montoro, na Zona Oeste da cidade. O assassino feriu outros quatro educadores e um aluno.

No domingo (26/3), o Centro Educacional (CED) 1 do Riacho Fundo 2 registrou o terceiro caso de ameaça de massacre em escolas do Distrito Federal em uma semana. Um aluno do 2º ano do ensino médio chegou a enviar a foto de uma arma em um grupo de WhatsApp e escreveu: “Vou aparecer com o ‘oitão’ segunda-feira. É melhor todo mundo faltar”.

No último dia 21, uma estudante do 8º ano do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 1 da Candangolândia encontrou uma escrito com ameaça de massacre, no banheiro feminino do colégio. A ação aconteria na sexta-feira (24/3). Na data informada, apenas 92 estudantes, dos cerca de 600 matriculados, compareceram às aulas, segundo um funcionário da escola.

Um dia antes, um adolescente de 14 anos havia sido apreendido com um revólver, após a PMDF ter acesso a mensagens de que ele planejava um massacre em uma escola infantil de Santa Maria. Posteriormente, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) resumiu a situação a “puro exibicionismo”.

Compartilhar notícia