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Sindicato pede que embaixadora filipina seja declarada persona non grata

Objetivo é que punição sirva de exemplo e evite novos casos, disse o Sindnações em nota. Marichu Mauro foi flagrada agredindo funcionária

atualizado

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Embaixadora das Filipinas no Brasil, Marichu Mauro
1 de 1 Embaixadora das Filipinas no Brasil, Marichu Mauro - Foto: Reprodução

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Embaixadas, Consulados, Organismos Internacionais e Empregados que laboram para Estado Estrangeiro ou para Membros do Corpo Diplomático Estrangeiro no Brasil (Sindnações) divulgou nota solicitando que a embaixadora das Filipinas no Brasil, Marichu Mauro, seja declarada persona non grata.

A punição diplomática está prevista na Convenção de Viena. A declaração indica que o representante oficial estrangeiro não é bem-vindo no território brasileiro.

Na nota, o Sindnações argumenta que a classificação pode “servir de exemplo, dissuadindo outras autoridades estrangeiras que se aproveitam covardemente da sua imunidade diplomática pessoal”. A sanção é aplicada pelo Ministério das Relações Exteriores.

Marichu Mauro foi flagrada agredindo com tapas no rosto e puxões de orelha uma empregada doméstica da residência oficial da representação diplomática do país asiático em Brasília. As gravações integram inquérito do MPT. A vítima, de 51 anos, é de origem filipina e embarcou para seu país de origem no último dia 21.

O governo das Filipinas ordenou, na segunda-feira (26/10), o retorno da embaixadora ao país. O chefe da diplomacia filipina, Teddy Locsin Jr., disse, em uma rede social, que a embaixadora deveria voltar imediatamente para “explicar os maus-tratos com sua equipe de serviços gerais”.

Marichu Mauro está no cargo desde 7 de abril de 2018. Ela chegou a ser homenageada pelo então presidente Michel Temer, que recebeu suas credenciais diplomáticas. No início de outubro, foi condecorada pelo presidente Jair Bolsonaro. Desde janeiro, Marichu Mauro também representa as Filipinas na Venezuela como embaixadora não residente. Ela é, ainda, embaixadora na Guiana, na Colômbia e no Suriname.

Outras agressões

Como mostrou a Grande Angular, o MPT investiga se a embaixadora agrediu outros funcionários da representação diplomática. As câmeras de vigilância interna do prédio registraram cenas de possíveis agressões verbais, de acordo com a procuradora Carolina Mercante.

Ao todo, de acordo com a investigação, a embaixada conta com 12 funcionários, sendo três deles brasileiros. Os outros teriam nacionalidade filipina.

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