Saiba quem é a brasileira notada pela rainha, Charles e Kate Middleton
Fã inegável da realeza, Agnes Nääs compartilhou momentos e a admiração que tem pelos membros da monarquia. Ela ganhou um presente da rainha
atualizado

Existem alguns lugares capazes de fazer qualquer pessoa se sentir em uma viagem pela terra da rainha, sendo algumas das opções a Embaixada do Reino Unido, restaurantes com inspirações britânicas e o lar doce lar de Agnes Nääs. A escritora do livro Minha Mente Mudou a Minha Vida vive em uma residência de ares palacianos em Brasília. Como nos castelos, a casa dela reúne histórias, retratadas nas paredes e em cantinhos estratégicos.
Na “dinastia” Nääs, Agnes divide o “reinado” com o marido, Leif Nääs, e os herdeiros, Lars e Alice. Comparações à parte com a família real, a escritora já despertou a atenção da rainha Elizabeth e do príncipe Charles a ponto de ganhar mimos assinados pela dupla. Fã inegável da realeza, a paulistana compartilhou momentos e a admiração que tem pelos membros da monarquia em entrevista, com direito à chá da tarde, com a Coluna Claudia Meireles.


Início de um sonho
O fascínio da também servidora pública pela realeza começou em 2013. Na época, ela e o marido desembarcaram na Inglaterra, onde passaram uma semana. O período foi mais que suficiente para ela se encantar pela terra da rainha. “É difícil explicar, mas estar naquele país me trouxe um sentimento de pertencimento. Como se eu estivesse em casa e tivesse voltado para um lugar familiar”, recorda.
A simpatia de paulistana pela família real nasceu — e deu frutos — após essa viagem. Ao aflorar o interesse pela realeza, ela mergulhou não só na trajetória dos integrantes atuais da Coroa, mas também dos reis desde a época dos celtas. “Estudei os Vikings, já que eles fazem parte da história inglesa”, atesta. Agnes coleciona, com esmero, livros que contam tintim por tintim sobre o reinado das icônicas rainhas britânicas, um de seus favoritos.



Sonhos saindo do papel
Ao retornar para o solo verde-amarelo, mais precisamente o Mato Grosso do Sul, a escritora chegou à seguinte conclusão: “Senti ter deixado uma parte de mim lá. Eu falei para o meu marido: ‘Precisamos voltar um dia, não como turista, e sim para morar’”. O casal traçou passar uma temporada na Inglaterra como meta de vida e trabalhou para transformar o sonho em realidade. “Começamos a usar o poder do pensamento a nosso favor”, reforça.


“Não tínhamos ideia de como poderia acontecer, nem quando iria acontecer, mas fingíamos que já era verdade e agradecíamos diariamente no nosso momento de gratidão por estar realizando nosso sonho. Falávamos dessa forma para atrair o que queríamos”, lembra Agnes Nääs. Marido da escritora, Leif precisou vir a Brasília participar de um curso no Ministério do Trabalho, órgão em que trabalha.
Deu tudo certo
Despretensiosamente, o servidor público acompanhou um amigo, que foi ao setor de recursos humanos tirar dúvidas a respeito de cursos no exterior. “Nesse momento, Leif percebeu que o nosso sonho iria se realizar por esse meio. A Inglaterra é um exemplo de sucesso na área em que ele trabalhava. Fazer um mestrado lá seria importantíssimo profissionalmente e, por conseguinte, realizaríamos o nosso sonho”, rememora.


Em 2015, Leif se inscreveu em um processo seletivo de uma bolsa de estudos britânica, intitulada de Chevening. Na ocasião, cursaria uma pós-graduação. Ele enfrentou um ano de provas e rigorosas etapas. “Em 2016, após 21 anos sem nenhum representante do Mato Grosso do Sul, meu esposo foi selecionado”, destaca a autora. O casal e o primogênito, Lars, com 1 ano e 8 meses, se mudaram para Londres, onde moraram por um ano.
Um salve da rainha
Ao fim de 2016, Agnes resolveu enviar uma carta a Elizabeth. No conteúdo, a brasileira agradeceu pela bolsa de estudos, conquistada por Leif. O programa é custeado pelo governo, mas como a soberana representa o país, a autora viu a necessidade de se referir especificamente à monarca. “Coloquei nossa casa à disposição caso a rainha quisesse conhecer a vida de um chevener, apelido dado aos estudantes. Claro que eu sabia que ela não iria, mas sou educada e gentil”, diz, aos risos.


Passados quase três meses, a escritora não contava com a astúcia da majestade: “Para minha surpresa, um dia estava em casa e o carteiro chegou com um envelope vindo do Buckingham Palace. Era a resposta da rainha para a minha carta”. O bilhete trazia as iniciais ER, iniciais de Elizabeth Regina. A mensagem foi escrita pela secretária da toda poderosa da realeza. “A colaboradora ficou feliz ao saber da oportunidade que estávamos tendo em estudar lá pelo programa”, frisa.
“Ela agradeceu o convite, apesar de não ser possível. Mas achou muito gentil e desejou uma excelente experiência”, endossa Agnes.


Notados por Charles
Atenta às oportunidades que surgiam, a paulistana participou de uma palestra ministrada pelo então secretário de Estado Boris Johnson, em Londres. Na ocasião, o político deu às boas-vindas aos selecionados pela Bolsa de Estudos Chevening, e transmitiu um vídeo do príncipe Charles. Na gravação, o herdeiro do trono fez um pedido aos alunos. O futuro rei queria que os estudantes informassem a trajetória de vida ao voltarem para o país de origem após o término da especialização.


De volta ao Brasil, Agnes e Leif foram transferidos para trabalhar em Brasília. O casal precisou colocar o filho Lars em uma escola internacional, afinal, a criança havia sido alfabetizada em inglês. Na instituição eleita pelos papais existe um festival em que cada classe homenageia um país. A turma do menino prestou tributo à Inglaterra por conta dele. “Foi então que me lembrei do vídeo do príncipe Charles e quis mandar uma carta contando as novidades”, garante. Novamente, a família recebeu uma resposta real.
“Gentilmente, nossa carta foi respondida e, com ela, enviaram uma foto do príncipe, bem como brochuras para as crianças da classe do meu filho desenharem e pintarem”, comenta a servidora pública.


Cara a cara real
Ao longo da estadia pela terra da rainha, a escritora chegou a ver a majestade e o falecido marido dela, o príncipe Philip. O casal estava em uma carruagem. “Fui como espectadora do desfile, que ocorreu na Royal Ascot, corrida de cavalos mais tradicional do Reino Unido”, explica Agnes. Além dos patriarcas da dinastia Windsor, a brasileira ficou boquiaberta ao se deparar com Kate Middleton.
Em novembro de 2016, a duquesa de Cambridge foi a convidada especial da pré-estreia do filme A Street Cat Named Bob (Um Gato de Rua Chamado Bob, em tradução do inglês). Com vontade de ver Kate, Agnes esperou horas do lado de fora do evento privado a fim de contemplá-la. Na entrevista dada à Coluna, a servidora pública deu detalhes do inesquecível episódio.


“Os atores chegavam e passavam pelo tapete vermelho. Ao mesmo tempo, os fãs gritavam e tiravam fotos. Quando a duquesa de Cambridge chegou, todos ficaram mudos, como se estivessem hipnotizados com tamanho encanto. Eu também fiquei um pouco em choque, mas pensei: ‘Não permaneci horas congelando meus dedos nesta noite fria para não fazer algo’. Eu a chamei. Ela gentilmente se virou e acenou para mim”, assegura a autora.
História nas paredes
Fixada próximo à porta de entrada da casa da família Nääs, a carta da rainha Elizabeth dá às boas-vindas aos visitantes. Emoldurado, o bilhete atrai o olhar de quem é convidado a conhecer o “palácio” do clã. Em um dos quartos, se encontra a correspondência enviada pelo príncipe Charles. Também se destaca o quadro do rei Edward VII. “Compramos em um bazar na St. Edward’s Church, localizada em uma cidade de 2 mil habitantes nos Costwalds, de nome Stow-on-the-Wold.


“Pertencia à avó da senhora que me vendeu. Na época, o quadro já tinha cerca de 100 anos, ou seja, foi feito durante o reinado de Edward VII”, defende Agnes. Entre os souvenirs trazidos pela autora do território britânico, consta uma caneca de ferro com o inscrito VR em referência à Victoria Reign, isto é, rainha Victória. De acordo com a paulistana, o utensílio soma em torno de 200 anos.
Passado e presente
A Coluna Claudia Meireles tem os integrantes preferidos e não deixaria de indagar Agnes a respeito de qual é o seu membro favorito da realeza. A resposta dela surpreende, conforme esclarece: “Sei que a pergunta se refere aos atuais, porém considero como predileta a rainha Anne Boleyn [Ana Bolena], segunda esposa do rei Henrique VIII, coroado em junho de 1533”. Casado com Catherine de Aragão, o soberano se apaixonou pela amante a ponto de pedir a anulação do matrimônio.
“Ela não queria ser somente uma amante do rei, um brinquedo que ele usaria e descartaria como estava acostumado a fazer com as acompanhantes. Se Henrique a amava realmente, então a tornasse esposa. Uma mulher culta, divertida, elegante, fluente em vários idiomas e à frente do tempo”, certifica. Sem data definida, o casal cogita voltar em breve ao país e vivenciar novos momentos incríveis pela história da realeza. A Coluna aguarda os detalhes!



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