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“Por trás desse broche de senador, há um ser humano”, diz Chico Rodrigues

Senador apresentou nesta terça-feira (20/10) pedido de licença do mandato por 90 dias e, depois, aumentou para 121

atualizado

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Edilson Rodrigues/Agência Senado
Chico Rodrigues_Edilson Rodrigues-Agência Senado
1 de 1 Chico Rodrigues_Edilson Rodrigues-Agência Senado - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) justificou nesta terça-feira (20/10), no pedido de licença do mandato, que teve a “infelicidade de tomar a decisão mais irracional” de toda a vida ao esconder dinheiro nas nádegas. O parlamentar concluiu: “por trás desse broche de senador, há um ser humano”.

“Em um ato impulsivo, acordado pela Polícia, de pijama, assustado com a presença de estranhos em meu quarto, tive a infelicidade de tomar a decisão mais irracional de toda a minha vida. Agora, estou sendo linchado por ter comigo dinheiro lícito decorrente da atividade empresarial familiar”, escreveu.

“Os detalhes da apreensão, sabidos por todos, são fruto de uma reação impensada, de fato, mas reação essa que jamais teve por objetivo ocultar produto de crime”, acrescentou.

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Rodrigues é investigado num esquema de desvio de recursos por meio de emendas parlamentares e fraude em licitação ligada à Secretaria de Saúde de Roraima no âmbito do combate à Covid-19.

Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, os agentes da Polícia Federal (PF) encontraram cerca de R$ 30 mil escondidos nas nádegas de Chico Rodrigues.

Além da carta, o senador também gravou um vídeo e divulgou entre os colegas. Assistam abaixo:

Após pressão de aliados, o parlamentar pediu nesta terça-feira (20/10) licença do mandato por 90 dias. Horas depois, aumentou para 121 dias. Aliados teriam dito que três meses não seria o suficiente para evitar o desgaste para a Casa. Desta forma, o primeiro-suplente Pedro Arthur Rodrigues (DEM-RR), filho do senador, assume.

No entanto, o parlamentar disse que os valores são lícitos e nega desvio de verba pública. Ele voltou a dizer também que os valores apreendidos eram para pagar funcionários que trabalham para empresa de sua família.

“Não era dinheiro de corrupção, não era dinheiro ilícito, não era dinheiro ilegal. Jamais desviaria dinheiro público. Mais ainda, um dinheiro sagrado, destinado a socorre aqueles acometidos por esse mal que aflige toda a humanidade”, disse.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento de Rodrigues por 90 dias. A decisão será apreciada nesta quarta-feira (21/10) pelo plenário da Corte.

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