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Bolsonaro vê “entendimento” com Toffoli e Maia e sinaliza “dias melhores”

Presidente adotou tom conciliador em declaração durante assinatura de termo de cooperação nesta quinta-feira

atualizado

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Marcos Correa/PR
Bolsonaro Maia Alcolumbre e Toffoli
1 de 1 Bolsonaro Maia Alcolumbre e Toffoli - Foto: Marcos Correa/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, durante a assinatura de acordo de cooperação técnica entre a Presidência, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), que tanto ele quanto o presidente da suprema corte, Dias Toffoli, o da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), veem “dias melhores” para o Brasil.

A declaração foi dada ao durante o evento que celebrou a unificação de sistemas de arquivos legislativos do governo federal e das duas cortes superiores na manhã desta quinta-feira (25/6).

“Esse entendimento, essa cooperação revela o momento que vivemos aqui no Brasil. Eu costumo sempre dizer quando estou com o presidente Toffoli, também com o Alcolumbre e com o Maia, que nós somos pessoas privilegiadas. O nosso entendimento, sim, num primeiro momento, é que pode sinalizar que teremos dais melhores no nosso país”, disse, adotando tom conciliador.

“Obviamente, entra mais gente nesse entendimento, que são os deputados, senadores, os demais ministros do Supremo, os nossos colegas do STJ, servidores, que somente dessa forma, com paz, com tranqüilidade, e sabendo da nossa responsabilidade, que podemos, sim, colocar o Brasil naquele local que todo mundo sabe que um dia ele chegará e se Deus quiser o nosso governo dará um grande passo nesse sentido”, prosseguiu Bolsonaro.

A relação de membros do governo federal e de outros poderes vem sofrendo desgastes. A exoneração do ex-ministro Abraham Weintraub, que chamou magistrados do STF de “vagabundos” e defendeu a prisão deles foi encarada como um aceno de trégua tanto para o Judiciário quanto para o Legislativo.

O presidente da Câmara era um dos críticos ferrenhos da maneira como Weintraub conduzia o MEC e o modo como se comportava publicamente. Ele disse, após a demissão e a ida controversa do ex-auxiliar bolsonarista aos Estados Unidos, que “ninguém estava sentindo falta dele”.

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Outros desgastes entre poderes envolveram decisões do STF sobre atos do Poder Executivo ou ações autorizadas pelo Supremo contra a base de apoio de Bolsonaro.

Logo após Sergio Moro denunciar que o presidente queria interferir politicamente na Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes barrou a indicação de Alexandre Ramagem à chefia da corporação.

Além disso, o STF investiga nomes ligados ao presidente da república no inquérito das fake news e do financiamento de atos antidemocráticos.

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