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Toffoli manda PF marcar depoimento de ministro da Educação sobre homofobia

Milton Ribeiro relacionou homossexualidade a “famílias desajustadas”. Fala gerou repercussões negativas nas redes sociais

atualizado

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Isac Nóbrega/PR
Posse do ministro do MEC Milton Ribeiro no planalto
1 de 1 Posse do ministro do MEC Milton Ribeiro no planalto - Foto: Isac Nóbrega/PR

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ministro Milton Ribeiro, da Educação, preste depoimento à Polícia Federal antes de decidir sobre a possível abertura de um inquérito contra ele. O magistrado ordenou que a corporação marque a data para o pastor se explicar sobre supostas falas homofóbicas.

No despacho, Toffoli diz que a data e a hora devem ser acertadas com o titular da pasta da Educação. A autorização do ministro ocorreu uma semana depois de Milton Ribeiro rejeitar o acordo oferecido pela Procuradoria-geral da República (PGR) que poderia livrá-lo da abertura de inquérito por homofobia.

Veja a íntegra da decisão:

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Para isso, o ministro teria de admitir que cometeu crime preconceituoso contra homossexuais, o que poderia ser interpretado como um sinal contraditório do próprio governo Bolsonaro, que tenta no STF justamente “relativizar” o conceito de homofobia.

Em entrevista, em setembro, Ribeiro disse que o “homossexualismo (sic)” é resultado de “famílias desajustadas”.

Após a repercussão das declarações, Ribeiro divulgou nota para informar que sua fala foi “interpretada de modo descontextualizado”. “Jamais pretendi discriminar ou incentivar qualquer forma de discriminação em razão de orientação sexual”, escreveu o ministro, que pediu desculpas.

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