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Incrédulo com vídeo de reunião, Celso de Mello avalia liberá-lo na íntegra

Tendência do ministro é atender ao pedido do ex-ministro Sergio Moro e levantar sigilo das imagens, em nome do interesse público

atualizado

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O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do inquérito sobre a suporta interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal, ficou incrédulo com o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, segundo o Estadão apurou.

Fontes que acompanham o caso avaliam que, nesse momento, a tendência do ministro é atender ao pedido do ex-ministro Sergio Moro e levantar o sigilo da íntegra do vídeo do presidente com seus auxiliares, em nome do interesse público.

Mello já destacou em uma decisão publicada no início deste mês “não haver, nos modelos políticos que consagram a democracia, espaço possível reservado ao mistério”.

O vídeo é considerado uma peça-chave nas investigações do “inquérito Moro X Bolsonaro”, que apura se o presidente da República tentou interferir politicamente na Polícia Federal para obter informações sigilosas.

Libera até sexta-feira

Celso de Mello assistiu ao vídeo de sua residência em São Paulo, onde cumpre o distanciamento social em meio à crise sanitária provocada pelo novo coronavírus. Quando a pandemia foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o ministro se recuperava de uma cirurgia no quadril.

O magistrado é conhecido pelas decisões aprofundadas, elaboradas, repletas de grifos, negritos, trechos sublinhados e citações a especialistas e à jurisprudência da Corte.

Em nota divulgada nessa segunda-feira (18/05), Celso de Mello prometeu liberar a decisão sobre o sigilo até a sexta-feira (22/05).

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