Fãs se confundem e celebram soltura de Faraó dos Bitcoins, ainda preso

Glaidson Acácio dos Santos está preso desde 25/8. Manifestantes do lado de fora acharam que voto divergente era revogação da prisão

atualizado 26/10/2021 19:14

Glaidson Santos e Mirelis Zerpa, investigados pela PF por sonegação fiscal e fraude ao sistema financeiro Reprodução

Rio de Janeiro – Por dois votos a um, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) manteve a prisão preventiva do ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, apelidado de “Faraó dos Bitcoins”, nesta terça-feira (26/10). Dono da GAS Consultoria e Tecnologia LTDA, em Cabo Frio, na Região dos Lagos, ele está preso desde 25/8, acusado de liderar um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas.

As prisões dos réus Felipe Silva Novais e Michael de Souza Magno também acabaram mantidas. Do lado de fora do tribunal, no centro do Rio de Janeiro, manifestantes a favor de Glaidson chegaram a comemorar uma suposta decisão de revogação da prisão. Porém, o que houve, na verdade, foi um voto divergente, do desembargador William Douglas. O relator do processo, Flávio Lucas, e o desembargador Marcelo Granado votaram contra Glaidson.

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O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que a Rua Acre chegou a ficar com uma pista ocupada durante a tarde, inclusive com a presença da Polícia Militar nos arredores. Vestidas de branco, as pessoas pediam a soltura do acusado.


O julgamento estava marcado para terça-feira passada (19/10), mas cerca de 300 pessoas entraram na sessão virtual aberta do TRF-2 para se manifestar contra a prisão do “Faraó dos Bitcoins”. Com isso, houve suspensão e adiamento da sessão para esta terça (26/10), também porque os novos advogados de Glaidson pediram mais tempo para analisar o caso.

Além do “Faraó”, outras 16 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de organização criminosa; operação de instituição financeira sem autorização; gestão fraudulenta; e emissão, oferecimento ou negociação irregular de valores mobiliários. Uma delas é a esposa dele, a venezuelana Mirelis Zerpa, que está foragida.

Cerca de R$ 38 bilhões de Glaidson, movimentados em nome da empresa GAS Consultoria e Tecnologia LTDA, já foram bloqueados por ordem da Justiça. A determinação veio após a Operação Kryptus, da Polícia Federal, que prendeu Glaidson em uma mansão no Itanhangá, na zona oeste do Rio de Janeiro.

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