“Faraó dos Bitcoins” e mais 16 viram réus por esquema de pirâmide
Glaidson Acácio dos Santos é acusado de liderar esquema financeiro multimilionário. Ele foi preso pela PF em 25/8
atualizado
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Acusado de liderar um esquema de pirâmide financeira que movimentou milhões de reais, o ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, foi mandado para o banco dos réus com outras 16 pessoas. A informação é do portal g1.
Segundo a reportagem, a denúncia foi aceita pelo juiz Vitor Valpuesta, da 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro. As 17 pessoas vão responder por crimes contra o sistema financeiro nacional, como gestão de organização financeira sem autorização, gestão fraudulenta e organização criminosa. O magistrado também determinou que os réus em liberdade não saiam do país e entreguem os passaportes em 24 horas.
Glaidson foi preso em uma operação da Polícia Federal em 25/8. Na casa dele, foram encontrados R$ 15 milhões em espécie e moedas estrangeiras. Ele é acusado de promover fraudes por transações supostamente associadas a criptomoedas, em nome da empresa GGAS Consultoria e Tecnologia LTDA, sediada em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A Justiça Federal chegou a determinar o bloqueio de R$ 38 bilhões em nome da empresa e de contas do “Faraó”, quantia movimentada desde 2015.
Segundo a decisão do juiz Vitor Valpuesta, o “Faraó das Bitcoins” teria “gerido fraudulentamente a instituição financeira por eles pretensamente operada” pela GAS e pela empresa administrada pela esposa, Mirelis Zerpa, foragida.
“[Glaidson e Mirelis] teriam promovido, constituído, financiado e integrado, pessoalmente, de modo estruturalmente ordenado e com divisão de tarefas, organização criminosa preordenada à prática de crimes contra o sistema financeiro, contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro auferido desses crimes, valendo-se, para tanto, de extensa rede de pessoas físicas e jurídicas, atuantes no Brasil e no exterior”, diz a decisão.
O “Faraó” e Tunay Pereira Lima, também acusado de participar do esquema, estão presos na Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, de segurança máxima. Ele foi transferido para a unidade prisional após agentes da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) encontrarem picanha, linguiça e quatro celulares na cela dele.