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“Não queremos virar a Venezuela”, diz Guedes sobre dívida pública

Ministro da Economia defendeu que plano Pró-Brasil seja empregado dentro do programa de equilíbrio fiscal

atualizado

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Andre Borges/Esp. para o Metrópoles
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1 de 1 paulo guedes qq senado - Foto: Andre Borges/Esp. para o Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta segunda-feira (27/4) que o programa Pró-Brasil seja feito dentro dos programas de recuperação da estabilidade fiscal do país. Crítico da proposta que aumenta o gasto público com investimento em obras nos próximos anos, Guedes já deixou claro que acha um erro aumentar a dívida para investir em infraestrutura.

“O programa Pró-Brasil são estudos adicionais para ajudar nessa arrancada de crescimento que vamos fazer. Não queremos virar a Argentina, nós não queremos virar a Venezuela, nós estamos em outro caminho. Nós estamos no caminho da prosperidade, não no caminho do desespero”, reforçou.

Guedes pontuou que o governo está violando a “regra de ouro” para injetar dinheiro no combate à pandemia do novo coronavírus. “Segundo a regra de ouro, você não pode se endividar para pagar gasto corrente, mas como é um gasto emergencial, é de saúde, então você pode se endividar. Se faltasse dinheiro para a saúde pra romper o teto, nós até poderíamos romper, mas não é o caso”, disse o ministro ao comparar gasto de saúde com o de infraestrutura.

O novo plano, sob o comando do ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, prevê a aplicação de R$ 300 bilhões em obras nos próximos anos.

“O que nós não podemos fazer é justamente planos nacionais de desenvolvimento, como era antigamente, porque a nossa direção é outra. O excesso de gastos de governo corrompeu a democracia brasileira, estagnou a economia brasileira”, afirmou Guedes, sem mencionar o Programa de Aceleração do Crescimento, dos governos Lula e Dilma (PT).

Ausência no lançamento

O anúncio de lançamento do Pró-Brasil ocorreu na última quarta-feira (22/4), no Palácio do Planalto, sem a presença de Guedes ou de qualquer integrante da equipe, o que foi encarado como um distanciamento do ministro do governo por não concordar com as iniciativas tomadas pela ala militar na recuperação da economia pós-Covid-19.

“Acredito que houve má interpretação do que foi mostrado aqui. O plano surgiu porque a Casa Civil tem função de coordenar ministérios para que ninguém puxe para cada lado. Como não tem recurso para todos, tem que priorizar. Ninguém falou em estourar planejamento feito pela economia. Demos um prazo. Depende da capacidade econômica. Ninguém falou em estourar teto de gastos, em recursos”, disse Braga Netto um dia após o anúncio, sem citar o nome de Guedes.

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