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Sem citar nomes, Braga Netto nega desavenças com área econômica

Ministro da Casa Civil minimizou relatos de que anúncio de plano de obras sem presença de Paulo Guedes teria gerado atritos internos

atualizado

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O ministro da Casa Civil, Braga Netto, disse nesta quinta-feira (23/04) que houve uma “má interpretação” sobre o programa Pró-Brasil, anunciado pela Casa Civil nessa quarta (22/04).

Embora sem definição sobre quais obras serão incluídas, no Ministério da Infraestrutura a previsão é de aplicação de R$ 300 bilhões nos projetos. O anúncio de quarta-feira, no entanto, não contou com a presença da equipe econômica do governo.

O programa foi apresentado por Braga Netto ao presidente Jair Bolsonaro. Durante a reunião entre o titular da Casa Civil e o presidente, participaram também o vice-presidente, Hamilton Mourão, e o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Nos bastidores, há quem diga que houve um desentendimento entre Guedes e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. O ministro da Economia já deixou claro em outras ocasiões que acha um erro investir dinheiro público em obras de infraestrutura – exatamente o que é proposto no Plano Pró-Brasil e defendido por Marinho.

“Acredito que houve má interpretação do que foi mostrado aqui. O plano surgiu porque a Casa Civil tem função de coordenar ministérios para que ninguém puxe para cada lado. Como não tem recurso para todos, tem que priorizar. Resolvemos reunir todos ministérios, alinhar planos, o que o pessoal quer e comparar necessidade com possibilidade. Ninguém falou em estourar planejamento feito pela economia. Demos um prazo. Depende da capacidade econômica. Ninguém falou em estourar teto de gastos, em recursos”, disse Braga Netto.

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