Coronavac: Queiroga diz que ministério não prevê mudança de estratégia

Em audiência no Senado Federal, o ministro da Saúde disse que o imunizante "tem sido útil ao Programa Nacional de Imunização (PNI)"

atualizado 21/06/2021 12:33

Marcelo Queiroga_ministro da Saúde_CPI da Covid Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o órgão não trabalha com nenhuma mudança de estratégia em relação ao uso da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan. A declaração foi dada na manhã desta segunda-feira (21/6), durante audiência da Comissão Temporária da Covid-19 no Senado Federal.

O chefe da pasta repetiu que toda a população brasileira acima dos 18 anos deve ser imunizada com a primeira dose da vacina até setembro deste ano. Na audiência, afirmou que essa é uma meta “bastante razoável”.

Queiroga foi convocado para prestar esclarecimentos sobre o Plano Nacional de Imunização (PNI) e sobre medidas de combate à pandemia. A comissão é presidida pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO).

Questionado sobre a possibilidade de deixar de aplicar a vacina do Butantan na população brasileira, o ministro afirmou que a ação não faz parte dos planos da pasta. “Não há nenhum tipo de mudança de estratégia sobre esse imunizante”, explicou.

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O cardiologista citou o crescimento de comentários nas redes sociais que questionam a eficácia da vacina, sobretudo em pacientes idosos. O próprio Instituto Butantan esclareceu a informação: segundo a entidade, a Coronavac apresentou uma taxa de efeitos adversos de 0,02%, o que confirmou a segurança.

O imunizante também se revelou eficaz na contenção da disseminação da variante brasileira, o que já havia sido antecipado pelo Metrópoles. No Senado, Queiroga disse que o fármaco “tem sido útil ao Programa Nacional de Imunização (PNI)”.

“Essa é a posição oficial do Ministério da Saúde até que exista algum dado científico que faça com que nós tenhamos uma posição diversa”, garantiu.

Relacionamento com Butantan

Aos senadores, Marcelo Queiroga também detalhou a relação do Ministério da Saúde com o Instituto Butantan. “Temos tratado de maneira muito fluída com o presidente do instituto, Dimas Covas. Já fizemos várias reuniões em conjunto com o embaixador chinês, tanto no sentido de facilitar a chegada de Ingrediente Farmacêutico Ativo [IFA] quanto em outras inovações tecnológicas”, disse.

O ministro citou a pesquisa na cidade de Serrana, em São Paulo, intitulada de Projeto S, como uma forma de avaliar a eficácia da vacina.

O Projeto S é uma investigação científica promovida pelo Instituto Butantan, com recursos da Fapesp, que promoveu a vacinação em massa da população adulta da cidade de Serrana (SP), município de pouco mais de 45 mil habitantes na região de Ribeirão Preto.

Queiroga afirmou que o Ministério da Saúde tem interesse no desenvolvimento da vacina Butanvac, produzida pelo laboratório. “O Butantan tem um trabalho com a vacina Butanvac, uma vacina totalmente nacional. Estive no local visitando com a equipe técnica. O MS tem interesse no desenvolvimento dessa vacina, bem como nas outras que estão sendo testadas no Brasil”, finalizou.

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