Acusado de matar Marielle é indiciado por tráfico internacional de armas
Foram encontrados 117 fuzis falsificados na residência do suspeito. Os itens seriam vendidos a criminosos. Filha também é investigada
atualizado
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O policial militar Ronnie Lessa, acusado pelo assassinato da vereadora do PSol Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi indiciado pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) por tráfico internacional de armas. Na casa dele, foram encontrados 117 fuzis incompletos e falsificados, que seriam vendidos a criminosos.
A filha de Lessa também é investigada no mesmo processo. De acordo com o delegado Marcus Amim, que está à frente do caso, Lessa traficava armas dos Estados Unidos desde 2014. A atividade durou até poucos meses antes de ele ser pego pela polícia, segundo investigadores.
Ainda há indícios de que um dos filhos do policial, que é menor de idade, teve contato com armas de fogo reais e, por isso, parte do processo foi encaminhado à Vara de Infância e Juventude. Se confirmado, ele pode receber medidas socioeducativas como pena.
Pouco tempo após a prisão de Lessa, que ocorreu em 2019, os sigilos bancários de Lessa e de Élcio de Queiroz, acusado juntamente pela morte da ex-vereadora, foram quebrados pela Justiça. Com a ação, mais de R$ 2 milhões foram sequestrados do policial.