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O PDT de Lupi apoia qualquer candidato que possa derrotar Bolsonaro

Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Carlos Lupi, presidente do partido de Ciro Gomes, sabe o que fará num eventual segundo turno

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais
Ciro Gomes, João Santana e Carlos Lupi posam para foto, todos de máscara e camisa social. Ciro e Santana olham para a câmera, enquanto Lupi olha para o lado - Metrópoles
1 de 1 Ciro Gomes, João Santana e Carlos Lupi posam para foto, todos de máscara e camisa social. Ciro e Santana olham para a câmera, enquanto Lupi olha para o lado - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Ingrata a tarefa de Carlos Lupi, presidente do PDT e ex-ministro do Trabalho nos governos de Lula e Dilma, de tentar conter os instintos mais primitivos de Ciro Gomes, candidato do seu partido à sucessão de Jair Bolsonaro na eleição do ano que vem.

Para o público externo, ele tem de mostrar-se solidário com Ciro, porém nem sempre muito. Para o interno, agir de modo que Ciro não ponha a perder a construção de uma possível aliança de centro-esquerda no segundo turno capaz de derrotar Bolsonaro.

Ciro não antecipa seus passos a Lupi, nem o que fará, nem o que pensa dizer. O que disse sobre Dilma e Lula surpreendeu Lupi e obrigou-o a manifestar-se:

“O PT trabalha 24 horas por dia para impedir o Ciro de crescer na política. Foi assim em 2018 e querem de novo agora”.

Lupi lembrou que o PT fez a mesma coisa em 1989 quando Leonel Brizola, candidato do PDT a presidente, ficou de fora do segundo turno porque Lula teve mais do que ele 0,5% dos votos.

Nem assim, Brizola deixou de apoiá-lo contra Fernando Collor. Em 1994, Brizola foi outra vez candidato e perdeu. Em 1998, foi candidato a vice de Lula, e Fernando Henrique os derrotou.

Caso Ciro, na próxima eleição, negue-se a apoiar Lula ou qualquer outro nome que enfrente Bolsonaro em um eventual segundo turno, Lupi está convencido de que o PDT apoiará, sim.

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