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Usar máscara ou não? Entenda polêmica da vez sobre o coronavírus

A utilização de máscaras de proteção por pessoas saudáveis ainda é um tema que divide opiniões no mundo

atualizado

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Ada Yokota/Getty Images
ilustração de pessoas com máscara no rosto, coronavírus
1 de 1 ilustração de pessoas com máscara no rosto, coronavírus - Foto: Ada Yokota/Getty Images

Na tentativa de se proteger contra o novo coronavírus, a população mundial tem se perguntado se é necessário ou não usar máscaras. Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) reafirmou nessa quarta-feira (01/04) que pessoas saudáveis não precisam usar, especialistas em saúde pública da China discordam, sugerindo que o uso vire hábito cotidiano.

Nessa quinta-feira (02/04), o Ministério da Saúde mudou de posição. Antes, a equipe técnica vinha sustentando que não era necessário, agora, a pasta vai capitanear um movimento para que as pessoas comecem a fabricar suas próprias máscaras. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, também sinaliza a possibilidade de adotar a recomendação, seguindo o exemplo chinês.

Até aqui, o consenso é que todos os pacientes diagnosticados com a Covid-19 devem usar máscaras para diminuir as chances de transmitir a doença, pois o vírus se dissemina pelas gotículas de saliva emitidas por eles. No entanto, há dúvidas se as máscaras seriam eficientes como barreira contrária, para proteger pessoas saudáveis daqueles que estão ao redor.

O médico infectologista Hélio Bacha, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, acredita que o uso geral das máscaras é simbólico para os chineses. “Na China e em países do extremo oriente, a população usa rotineiramente as máscaras, como um bom comportamento de higiene respiratória”, afirma.

A ideia de utilizar o mecanismo para voltar ao trabalho, às feiras populares e ao cinema representa um perigo, de acordo com o especialista. “A máscara pode ajudar a proteger desde que usada com a adequada atenção. Arrumar a máscara o tempo todo, por exemplo, aumenta os riscos ao invés de reduzir”, completa Bacha.

Isso acontece porque, na verdade, a principal maneira de contágio é pelas mãos. A transmissão se dá quando elas tocam superfícies contaminadas e, em seguida, levam as mãos à boca, aos olhos e ao nariz, facilitando a entrada do vírus no corpo. “Mais importante do que usar máscaras é fazer frequentemente a higiene das mãos”, ensina o infectologista.

Um porém, entretanto, foi adicionado ao quadro com a informação de que boa parte dos transmissores do coronavírus é assintomática. Neste cenário, a máscara protegeria a todos, impedindo a dispersão das gotículas infectadas nos ambientes.

“Não há nada que seja definitivo contra o coronavírus”, afirma Bacha, mas a melhor maneira de não contrair a doença é praticar o distanciamento social rigoroso; manter um metro de distância das pessoas, até mesmo dentro de casa; e lavar as mãos com frequência.

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