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“Saio realizado”, diz 1º voluntário dos testes da vacina da Covid-19 no DF

Após receber a imunização, Gabriel Ravazzi, que é médico, assumiu seu posto de trabalho no mesmo hospital universitário onde tomou a dose

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Hugo Barreto/Metrópoles
Após receber a imunização, Gabriel Ravazzi, que é médico
1 de 1 Após receber a imunização, Gabriel Ravazzi, que é médico - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Cerca de cinco horas e meia após chegar ao ambulatório do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Gabriel Ravazzi, 31, o primeiro voluntário a tomar a vacina Coronavac (que ainda está em fase de testes), foi liberado.

“Eu saio realizado. Como profissional da saúde, é uma grande realização poder contribuir com a ciência, poder buscar a solução para essa doença que vem acometendo todo o mundo. Participar desse primeiro passo, pra mim, é muito gratificante. O sentimento é de querer ajudar”, diz.

O clínico geral e gastroenterologista do Hospital de Base do Distrito Federal passou por testes antes de tomar a dose – na verdade, ele não sabe se recebeu a imunização ou um placebo –, e volta ao trabalho diretamente após ser liberado pela equipe da Universidade de Brasília (UnB) e uma representante do Butantan, que coordena o estudo clínico no Brasil.

Gabriel ainda não sentiu nenhum sintoma ou efeito colateral. Mesmo sabendo que essa possibilidade existe, ele se diz tranquilo e que não recebeu qualquer recomendação sobre como proceder daqui para frente. Daqui a 14 dias, ele retornará ao HUB para receber a segunda dose. Enquanto isso, segue com os cuidados necessários para evitar a contaminação.

“É uma experiência única, estou tendo a oportunidade de participar e espero, lá na frente, poder falar que eu fiz parte desse passo em busca da vacina que deu certo. Estamos na linha de frente vendo o sofrimento desse paciente. É paciente jovem, idoso, o vírus não escolhe idade, sexo ou comorbidades. Para a gente, é muito angustiante estar ali na ponta sem saber como combater”, explica. “Não podemos deixar que a esperança dessa vacina faça com que a gente afrouxe os nossos cuidados. Ainda não temos essa segurança e certeza de que vai acontecer da forma que a gente quer.”

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O médico goiano Gabriel Ravazzi , 31 anos, é clínico geral e gastroenterologista do HUB e Hospital de Base. Primeiro voluntário do DF a receber dose da candidata à vacina
Ele chegou às 9h para iniciar o processo
Doutor Gustavo Romero, coordenador do estudo da vacina contra Covid-19 no Distrito Federal, mostra embalagem e seringa utilizada para a imunização
Médico Gabriel Ravazzi aguarda resultado de exame rápido de Covid-19 e faz avaliação para receber a vacina
Sala do HUB
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O professor Gustavo Romero, da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, coordena o estudo no HUB

Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles
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O médico goiano Gabriel Ravazzi , 31 anos, é clínico geral e gastroenterologista do HUB e Hospital de Base. Primeiro voluntário do DF a receber dose da candidata à vacina

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Ele chegou às 9h para iniciar o processo

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Doutor Gustavo Romero, coordenador do estudo da vacina contra Covid-19 no Distrito Federal, mostra embalagem e seringa utilizada para a imunização

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Médico Gabriel Ravazzi aguarda resultado de exame rápido de Covid-19 e faz avaliação para receber a vacina

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Sala do HUB

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Acompanhamento
Os voluntários do DF que participarão dos testes da vacina terão a saúde detalhadamente acompanhada por pelo menos um ano. Apelidada de Coronavac, a imunização está na terceira e última fase de estudos, quando sua eficácia e segurança são avaliadas em milhares de pessoas. No Brasil, os testes estão sendo realizados em 12 centros de pesquisa e são coordenados pelo Instituto Butantan.

No DF, 850 voluntários participarão dos testes. Todos serão profissionais de saúde que ainda não tiveram a doença.

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