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Além da maconha: estudo mostra que arbusto brasileiro tem canabidiol

Estudo da UFRJ mostra que a planta Trema micrantha blume, um arbusto comum no Brasil, tem canabidiol

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Foto colorida de planta brasileira que tem canabidiol
1 de 1 Foto colorida de planta brasileira que tem canabidiol - Foto: Wikimedia Commons

Embora o canabidiol (CBD) seja um composto associado normalmente à planta da maconha, cientistas descobriram que ele também está presente em uma planta tipicamente brasileira, abrindo novas possibilidades para a produção da substância cada vez mais popular em tratamentos de saúde física e mental.

A equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) encontrou o canabidiol na Trema micrantha blume, arbusto que cresce em grande parte do país e é frequentemente considerado uma erva daninha.

O uso do canabidiol tem se tornado cada vez mais comum para tratar condições como epilepsia, dor crônica e ansiedade. Ele é um dos principais compostos ativos encontrados na cannabis, junto do tetrahidrocanabinol (THC), substância responsável pela sensação de euforia. No entanto, apesar do amplo uso, a eficácia do CBD ainda está sendo estudada.

O biólogo molecular Rodrigo Moura Neto, participante do estudo, explica que a pesquisa levanta a possibilidade de uma nova fonte abundante de canabidiol, que não enfrentaria os obstáculos legais e regulatórios da cannabis – a planta ainda é proibida em muitos lugares, incluindo o Brasil.

“É uma alternativa legal ao uso da maconha. A trema é uma planta que cresce em todo o Brasil. Seria uma fonte mais simples e acessível de canabidiol”, afirma Neto, em entrevista ao site Science Alert. Ele acrescenta que cientistas já haviam encontrado CBD em uma planta semelhante na Tailândia.

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Acessibilidade

O biólogo planeja expandir o estudo para identificar os melhores métodos de extração do CBD da trema e analisar sua eficácia em pacientes que atualmente recebem tratamento com cannabis medicinal. A equipe recebeu uma bolsa de R$ 500 mil do governo brasileiro para financiar a pesquisa. A estimativa é que o estudo seja concluído em cerca de cinco anos.

“Se você tiver uma capacidade de produção grande, pode atingir a rede pública. Nós, que trabalhamos com pesquisa científica, queremos sempre estender as vantagens dela para todas as pessoas. E o sistema público de saúde seria o caminho. É uma meta grandiosa que nos estimula a trabalhar e colocar essa substância à disposição de todos. É algo ambicioso, mas fico entusiasmado com essa possibilidade”, afirma Neto, em entrevista à Agência Brasil.

Um estudo realizado no ano passado pela empresa de análise de mercado Vantage Market Research estimou que o mercado global de CBD valia quase US$ 5 bilhões e projetou um crescimento para mais de US$ 47 bilhões até 2028, impulsionado principalmente pelo seu uso na área da saúde e bem-estar.

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