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Gatos desenvolvem boa resposta imunológica contra reinfecção da Covid-19

Estudo aponta que resistência observada pode contribuir com modelos de desenvolvimento de vacinas diante do novo coronavírus

atualizado

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Foto: Manja Vitolic/Unsplash
gato
1 de 1 gato - Foto: Foto: Manja Vitolic/Unsplash

Um grupo de cientistas da Escola de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Colorado, nos Estados Unidos, encontrou evidências de que os gatos infectados pelo novo coronavírus desenvolvem uma resposta imunológica robusta a ele e são resistentes à reinfecção.

Os resultados da pesquisa foram publicados nessa terça-feira (29/9) pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas) e têm implicações importantes para a saúde animal, além de trazer evidências que podem ser utilizadas nas pesquisas da vacina contra a Covid-19.

“A resistência à reinfecção é uma promessa de que uma estratégia de vacina pode proteger gatos e, por extensão, humanos”, escreveram os autores.

Pesquisa em laboratório

Sete gatos e três cachorros saudáveis participaram do estudo em laboratório. Eles foram infectados com o vírus Sars-CoV-2 e observados diariamente com a aferição da temperatura corporal e observação de sintomas.

Nenhum dos animais apresentou qualquer sintoma relacionado à Covid-19, como secreção ocular ou nasal, salivação excessiva, tosse, espirro, dispneia, diarreia, cansaço ou perda de peso.

Os gatos transmitiram o vírus por até cinco dias, com capacidade de infectar outros gatos pelo contato direto. Os anticorpos neutralizantes criados durante a infecção impediram que eles contraíssem o vírus em outro momento.

Já os cães não produziram imunidade contra a agressão, mas também não desenvolvem a doença e nem conseguem transmitir o vírus.

O primeiro caso de um gato infectado pelo novo coronavírus foi registrado em meados de março, na Bélgica. Na sequência apareceram relatos nos Estados Unidos, Reino Unido e outros países. Desde então, cientistas vêm estudando como o vírus pode afetar a saúde dos bichos de estimação. Os pesquisadores lembram que não há evidências de que gatos ou cães transmitam o vírus para humanos.

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