metropoles.com

Fiocruz: relaxamento do uso de máscaras pode atrasar fim da pandemia

Pesquisadores afirmam que flexibilização de medidas neste momento coloca em risco a tendência de melhora no atual cenário da pandemia

atualizado

Compartilhar notícia

Hugo Barreto/Metrópoles
Imagem colorida mostra máscara obrigatória em aviões e aeroportos - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra máscara obrigatória em aviões e aeroportos - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmaram, nesta sexta-feira (11/3), no Boletim do Observatório Fiocruz Covid-19, que o relaxamento prematuro das medidas protetivas, como a obrigatoriedade do uso de máscaras e o distanciamento social, coloca em risco a tendência de queda nos indicadores da pandemia.

O documento é uma resposta à decisão de governadores de acabar com a exigência do uso de máscara em locais abertos e fechados e da liberação para a realização de shows e eventos esportivos.

O estudo lembra que as tendências das curvas de taxa de transmissão, novos casos e óbitos, usadas pelas autoridades como base para o relaxamento das medidas, são defasadas em alguns dias devido à dinâmica de transmissão da própria Covid. Assim, ainda não é possível avaliar os reais impactos das viagens e aglomerações que ocorreram no período do Carnaval.

“Flexibilizar medidas como o distanciamento físico ou o abandono do uso de máscaras de forma irrestrita colabora para um possível aumento de casos, internações e óbitos, e não nos protege de uma nova onda”, afirmam os pesquisadores, no boletim distribuído à imprensa.

“Estas medidas são necessárias até que tenhamos uma redução das desigualdades de cobertura vacinal nas regiões que envolvem conjuntos de municípios (como as regiões metropolitanas), incluindo a ampliação da cobertura com dose de reforço”, afirmam.

Atualmente, 31,2% da população brasileira recebeu a dose de reforço das vacinas contra a Covid-19 e 73% está imunizada com as duas doses.

0

Quarta dose da vacina

O relatório mostra que a maior ocorrência de casos graves e de óbitos da Covid-19 se concentra atualmente entre idosos, com metade das mortes ocorrendo em pessoas com no mínimo 78 anos. O dado, afirmam os pesquisadores, reforça a necessidade da aplicação da quarta dose das vacinas nesta população.

Compartilhar notícia