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Estudo: cigarro eletrônico pode desencadear danos ao cérebro e coração

Pesquisa analisou produtos de menta e manga, e percebeu alterações nos marcadores de inflamação em vários órgãos

atualizado

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cigarros eletrônicos
1 de 1 cigarros eletrônicos - Foto: Unsplash

Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro, os cigarros eletrônicos são perigosos para a saúde. De acordo com um estudo feito pela Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, o uso diário do “vape” altera o estado inflamatório em vários órgãos, inclusive no cérebro, coração, pulmões e cólon.

A pesquisa foi publicada na revista científica eLife na terça (12/4). Os cientistas analisaram os “vapers” da marca Juul nos sabores menta e manga. Camundongos adultos foram expostos ao aerossol formado pelo cigarro eletrônico três vezes por dia durante três meses.

Os pesquisadores se concentraram nos sinais de inflamação no corpo dos animais. Os principais efeitos foram encontrados no cérebro, inclusive em uma área do órgão responsável pela motivação e processamento de recompensas. As inflamações nessa região estão ligadas à ansiedade, depressão e abuso de substâncias.

“Muitos usuários são adolescentes e jovens adultos. Os cérebros dessas pessoas ainda estão em desenvolvimento, então é aterrorizante aprender o que pode estar acontecendo no órgão e como isso pode afetar a saúde mental e comportamento ao longo da vida”, explicou a professora Laura Crotty Alexander, uma das autoras da pesquisa, à revista Scienmag.

Doenças gastrointestinais

No cólon, a expressão do gene que determina a inflamação também foi aumentada, principalmente no primeiro mês de exposição ao cigarro eletrônico — o sinal pode aumentar o risco de doenças gastrointestinais.

Em contrapartida, a inflamação no coração diminuiu, o que não é uma boa notícia. Segundo os autores esse estado pode tornar o tecido cardíaco mais vulnerável a infecções, e o ideal é um equilíbrio.

O sabor do “vaper” também faz diferença: os corações dos camundongos que foram expostos à versão de menta ficaram mais sensíveis aos efeitos da pneumonia bacteriana do que os que usaram o cigarro eletrônico de manga.

“Isso foi uma surpresa para nós e mostra que os químicos responsáveis pelo sabor do produto podem causar mudanças patológicas. Ficou claro que cada cigarro eletrônico e sabor devem ser estudados individualmente para definir como afetam o organismo”, diz a professora.

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