De acordo com uma pesquisa encomendada pelo governo do Reino Unido e publicada na revista científica Lancet Infectious Diseases, uma quarta dose da vacina contra a Covid-19 aumenta ainda mais a imunidade contra a infecção provocada pelo coronavírus em pessoas com idades entre 50 e 80 anos.
O estudo testou os imunizantes da Pfizer e Moderna em 160 pessoas na faixa etária, e descobriu que o reforço aumenta em até sete vezes a quantidade de células T e em 2,2 vezes os anticorpos. Também não foram encontrados sinais que indiquem que a potência das vacinas diminui a cada dose extra.
Pessoas que já tinham níveis altos de anticorpos e células T antes de receber a quarta dose só tiveram um pequeno aumento da imunidade com a injeção.
Apesar dos resultados, os cientistas ainda não sabem se vale a pena vacinar populações mais jovens com o reforço, uma vez que já são menos propensos a casos graves.

Inicialmente, apenas a população de imunocomprometidos poderia receber a segunda dose de reforço contra a Covid-19 no Brasil Reprodução/Agência Brasil

Em dezembro de 2021, Israel tornou-se o primeiro país a anunciar a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 no mundo. Segundo o governo, o reforço ajudaria a nação a superar uma potencial onda de infecções pela variante ÔmicronAgência Brasil

No início de 2022, o país começou a oferecer a quarta dose da vacina Pfizer/BioNtech para pessoas com mais de 60 anos e profissionais da saúde Agência Brasil

Segundo estudo realizado em Israel, a quarta injeção em pessoas com mais de 60 anos as tornou três vezes mais resistentes ao coronavírus Agência Brasil

O Chile e a Turquia também iniciaram a aplicação da segunda dose de reforço na população acima dos 60 anosAgência Brasil

Os ministros da Saúde da União Europeia foram orientados, em janeiro deste ano, a se prepararem para distribuir a quarta dose do imunizante assim que os dados mostrarem que ela é necessária Agência Brasil

No Brasil, nota técnica do Ministério da Saúde, emitida em dezembro de 2021, recomendou que, a partir de quatro meses, a dose fosse aplicada em todos os indivíduos imunocomprometidos, acima de 18 anos de idade, que receberam três doses no esquema primárioAgência Brasil

O órgão também chegou a cogitar, em janeiro, a possibilidade de aplicar o imunizante em profissionais de saúde e idosos de todos os estados brasileiros, porém, desistiuAgência Brasil

Em Volta Redonda (RJ) e Botucatu (SP), as prefeituras ampliaram a quarta dose para idosos acima dos 70 anos, pois todos os óbitos registrados nas cidades ocorreram nessa faixa etária Agência Brasil

O governo de São Paulo anunciou, em fevereiro, que avalia aplicar a segunda dose de reforço na população em geral, depois que finalizar a imunização das pessoas elegíveis para receber a terceira doseAgência Brasil

Em discussão no governo federal, uma nota técnica do Ministério da Saúde explicou que, no momento, ainda não é possível recomendar a quarta dose por falta de dados. A pasta argumenta que ainda é necessário analisar informações sobre hospitalizações e a relação com a população vacinadaAgência Brasil

O ministro Marcelo Queiroga não descartou totalmente a aplicação. “Na prática, seria a dose de 2022. Nós temos doses para garantir todas as aplicações necessárias, recomendadas pelos técnicos e que estejam disponíveis para a população brasileira”, afirmouAgência Brasil
“Nós sabíamos que era importante oferecer a quarta dose para os mais vulneráveis no começo do ano. esse novo estudo mostra que essa decisão foi correta, e dá confiança ao público que o reforço é seguro e mais efetivo do que a terceira dose”, afirma o professor Andrew Ustianowski, do Instituto Nacional para a Saúde e Pesquisa do Reino Unido. A instituição é uma das responsáveis pelo levantamento.
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