Covid grave: 4ª dose da Pfizer protege idosos por ao menos 6 semanas
Estudo publicado no New England Journal of Medicine mostra que a proteção contra infecção cai um mês após o segundo reforço
atualizado
Compartilhar notícia

Um estudo pelo governo de Israel, com dados de mundo real, mostrou que os idosos que tomam a quarta dose da vacina da Pfizer contra a Covid-19 garantem uma proteção estável contra a forma grave da doença por ao menos seis semanas. A proteção contra a infecção do coronavírus, no entanto, cai drasticamente apenas um mês após a aplicação da segunda dose de reforço.
“As taxas de infecção confirmada por Sars-CoV-2 e Covid-19 grave foram menores após uma quarta dose da vacina BNT162b2 (Pfizer) do que após apenas três doses. A proteção contra infecções confirmadas pareceu de curta duração, enquanto a proteção contra doenças graves não diminuiu durante o período do estudo”, escreveram os autores do estudo.
O resultado da pesquisa foi publicado na terça-feira (5/4), no New England Journal of Medicine. O levantamento contou com dados de mais de 1,3 milhão de pessoas com 60 anos ou mais disponíveis no banco de dados do Ministério da Saúde de Israel.
A aplicação da segunda dose de reforço contra a Covid-19 começou em 2 de janeiro no país, enquanto a variante Ômicron era predominante.

Inicialmente, apenas a população de imunocomprometidos poderia receber a segunda dose de reforço contra a Covid-19 no Brasil Reprodução/Agência Brasil

Em dezembro de 2021, Israel tornou-se o primeiro país a anunciar a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 no mundo. Segundo o governo, o reforço ajudaria a nação a superar uma potencial onda de infecções pela variante Ômicron Agência Brasil

No início de 2022, o país começou a oferecer a quarta dose da vacina Pfizer/BioNtech para pessoas com mais de 60 anos e profissionais da saúde Agência Brasil

Segundo estudo realizado em Israel, a quarta injeção em pessoas com mais de 60 anos as tornou três vezes mais resistentes ao coronavírus Agência Brasil

O Chile e a Turquia também iniciaram a aplicação da segunda dose de reforço na população acima dos 60 anos Agência Brasil

Os ministros da Saúde da União Europeia foram orientados, em janeiro deste ano, a se prepararem para distribuir a quarta dose do imunizante assim que os dados mostrarem que ela é necessária Agência Brasil

No Brasil, nota técnica do Ministério da Saúde, emitida em dezembro de 2021, recomendou que, a partir de quatro meses, a dose fosse aplicada em todos os indivíduos imunocomprometidos, acima de 18 anos de idade, que receberam três doses no esquema primário Agência Brasil

Em 20 de junho, a recomendação abrangia toda a população com 40 anos ou mais Agência Brasil

Em Volta Redonda (RJ) e Botucatu (SP), as prefeituras ampliaram a quarta dose para idosos acima dos 70 anos, pois todos os óbitos registrados nas cidades ocorreram nessa faixa etária Agência Brasil

Desde então não houve redução da faixa etária Agência Brasil

Estados como Amazonas, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo diminuíram a faixa etária por conta própria e hoje vacinam todos os adultos com 18 anos ou mais Agência Brasil

Em maio, o Ministério da Saúde passou a recomendar a aplicação do segundo reforço nos idosos com 60 anos ou mais Agência Brasil
Foram registrados 3,9 casos de Covid-19 para cada 100 mil habitantes que receberam três doses da vacina. Entre os vacinados com quatro doses a incidência foi de 1,5 para cada 100 mil pessoas. O número de infecções confirmadas por 100 mil pessoas foi de 177 no grupo que tomou quatro doses contra 361 entre os que receberam três doses.