A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, nesta quarta-feira (6/4), que o número de novos casos de Covid-19 e de mortes provocadas pela doença está em queda em todo o mundo.
Dados da semana de 28 de março a 3 de abril mostram uma redução acentuada, de 43%, do total de óbitos, em comparação à semana anterior. A quantidade de novos infectados pelo vírus diminuiu pela segunda semana consecutiva, com queda de 16%.

Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19Istock

A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzemRafaela Felicciano/Metrópoles

Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doenteTomaz Silva/Agência Brasil

Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequadaHugo Barreto/Metrópoles

Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante novaWestend61/GettyImages

O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma Rafaela Felicciano/Metrópoles

Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da PfizerArthur Menescal/Especial Metrópoles

As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náuseaRafaela Felicciano/Metrópoles

Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19Vinícius Schmidt/Metrópoles
Mais de 9 milhões de novos casos e cerca de 26 mil mortes foram registradas em todo o mundo no período. Os dados mostram que a curva epidemiológica volta a cair, depois do aumento observado na primeira quinzena de março.
“Todas as regiões mostram tendências decrescentes, tanto no número de novos casos semanais quanto em mortes semanais”, informou a OMS em comunicado enviado à imprensa.
O maior número de mortes semanais foi registado nos Estados Unidos (4.435), seguido da Rússia (2.357), da República da Coreia (2.336), da Alemanha (1.592) e do Brasil (1.436).
Os números da epidemia no Brasil continuam em tendência de queda. Da semana para essa semana, houve redução de 19% no número de óbitos. Nas últimas 24 horas, o país registrou 216 mortes provocadas pela infecção do coronavírus, com média móvel diária de óbitos diários igual a 183. A terça-feira (5/5) foi o 4º dia em que o indicador permaneceu abaixo de 200.
Desde o início da pandemia, foram registrados mais de 490,8 milhões de casos de Covid-19; 6.155.344 pessoas não resistiram à doença, segundo dados da OMS.