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Covid-19: Butantan quer recursos federais para fazer 120 milhões de vacinas

Secretário de Saúde de SP pede investimentos de R$ 1,9 bi para produzir a Coronavac e ampliar oferta de outras imunizações

atualizado

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Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles
Doutor Gustavo Romero, coordenador do estudo da vacina contra Covid-19 no Distrito Federal, mostra embalagem e seringa utilizada para a imunização - vacina covid
1 de 1 Doutor Gustavo Romero, coordenador do estudo da vacina contra Covid-19 no Distrito Federal, mostra embalagem e seringa utilizada para a imunização - vacina covid - Foto: Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles

O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gornchteyn, afirma que o Instituto Butantan precisa de R$ 1,9 bilhão para ampliar sua capacidade de produzir vacinas e chegar a 400 milhões de doses em até quatro anos. A informação foi repassada em entrevista à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

O número não é só para a imunização contra o coronavírus: seriam 120 milhões de doses contra a Covid-19 e o restante para combate ao vírus da gripe, hepatite A e B, raiva humana e HPV. Atualmente, o parque industrial é capaz de produzir metade disso.

O Butantan será o responsável, no Brasil, pela produção da vacina Coronavac, da farmacêutica chinesa Sinovac/Biotech. O imunizante apresentou bons resultados inicias e, agora, está sendo avaliado na fase 3, com testes em todo o país, inclusive em Brasília.

Caso de fato funcione, a empresa deve enviar 45 milhões de doses ao estado de São Paulo até dezembro e mais 15 milhões no primeiro trimestre de 2021. A partir daí, a produção será feita no Brasil.

Segundo o secretário, a fábrica do laboratório já está sendo reformada para a produção de 60 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 em 2021. Foi feito um acordo de R$ 100 milhões com a iniciativa privada, e o instituto procura outros R$ 50 milhões para fechar o projeto.

A grande ampliação, para chegar a 400 milhões de doses, depende de um investimento mais alto. Gornchteyen se reuniu com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na manhã desta quarta (26/8), para negociar o valor.

“O investimento é baixo perto do que pode acontecer com o país se não tivermos a vacina disponível para todas as pessoas”, afirmou Gornchteyn à coluna.

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