4ª onda: quais são os testes disponíveis de Covid e quando fazer?
Diagnóstico garante que a pessoa tome os cuidados adequados à saúde e cumpra o isolamento necessário
atualizado

O crescimento recente nos casos de Covid tem levado a um aumento na procura por exames de diagnóstico. Realizar o teste que confirma a infecção é importante tanto para orientar os cuidados com a saúde, como para tomar as providências necessárias para que o vírus não se espalhe.
Atualmente, existem dois tipos de teste que detectam a infecção ativa, quando a doença está na fase transmissível. São o exame RT-PCR e os testes rápidos de antígeno – modalidade na qual o autoteste está incluído. Caso o resultado seja positivo, a pessoa deve iniciar o isolamento necessário, ainda que não tenha sintomas.
Também há o exame rápido de anticorpos, feito com uma pequena amostra de sangue, mas esse é indicado apenas para detectar se o corpo produziu anticorpos após o contato com o vírus Sars-CoV-2.

Uma das estratégias de enfrentamento da pandemia de Covid-19 é a vigilância epidemiológica, com o registro e a observação sistemática de casos suspeitos ou confirmados da doença, a partir da realização de testes Getty Images

Segundo especialistas, para se ter um controle da doença e conter a disseminação do vírus, é importante testar, cada vez mais, a população Aline Massuca/Metrópoles

Secretaria de Saúde diz que não faltam testes de Covid-19 no DF Breno Esaki/Agência Saúde-DF

RT PCR: considerado “padrão-ouro” pela alta sensibilidade, o teste é usado para o diagnóstico da Covid-19. Ele detecta a carga viral até o 12º dia de sintomas do paciente, quando o vírus ainda está ativo no organismo. O resultado é entregue em, aproximadamente, três dias Vinícius Schmidt/Metrópoles

O teste utiliza a biologia molecular para detectar o vírus Sars-CoV-2 na secreção respiratória, por meio de uma amostra obtida por swab (cotonete) Rafaela Felicciano/Metrópoles

Teste salivar por RT-PCR: utiliza a mesma metodologia do RT-PCR de swab e conta com precisão de mais de 90% para o diagnóstico da doença ativa. O procedimento deve ser feito nos sete primeiros dias da doença em pacientes com sintomas Divulgação

PCR Lamp ou Teste de antígeno: comumente encontrado em farmácias, o exame avalia a presença do vírus ativo coletando a secreção do nariz por meio de swab. O resultado leva apenas 30 minutos para ficar pronto, por isso, ele é indicado para situações em que o diagnóstico precisa ser rápido Getty Images

De acordo com a empresa que fornece o exame, ele possui 80% de confiança. O método empregado no teste é usado também para outras doenças infecciosas, como a H1N1 RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Teste de sorologia: revela se o paciente teve contato com o coronavírus no passado. Ele detecta a presença de anticorpos IgM, IGg ou IgA separadamente, criados pelo organismo das pessoas infectadas para combater o Sars-CoV-2, a partir de um exame de coleta de sangue Shutterstock / SoonThorn Wongsaita

O exame deve ser realizado a partir do 10º dia de sintomas. A precisão do resultado é menor do que nos testes do tipo RT-PCR. Além disso, falsos negativos podem aparecer com mais frequência National Cancer Institute/Divulgação

Teste rápido: o método é semelhante aos testes de controle de diabetes, com um furo no dedo. A amostra de sangue é colocada em um reagente que apresenta o resultado rapidamente Rafaela Felicciano/Metrópoles

O teste imunológico rápido detecta a presença de anticorpos e o resultado positivo sinaliza que o paciente já sofreu a infecção pelo novo coronavírus. A confiabilidade do resultado varia muito, já que o método apresenta alta taxa de falso negativo Vinícius Schmidt/Metrópoles

Teste de anticorpos totais: detecta a produção do IgM e IgG no organismo, a partir de um único exame de coleta de sangue, e não faz a distinção dos valores presentes de cada anticorpo. A precisão do resultado chega a 95% iStock

Teste de anticorpo neutralizante: o procedimento é indicado para a avaliação imunológica. O exame detecta os anticorpos e vê a proporção que bloqueia a ligação do vírus com o receptor da células Divulgação
Entenda a diferença entre cada um dos testes para a Covid-19 e o momento certo de realizá-los:
Teste rápido de antígeno e autoteste
Os testes rápidos de antígeno – grupo no qual também estão incluídos os autotestes – são uma forma eficaz para saber se a infecção pelo coronavírus está ativa.
O resultado sai entre 15 e 20 minutos a partir de uma amostra de saliva ou de secreção nasal retirada por um swab (semelhante a um cotonete) em farmácias, em centros de testagem ou em casa, por meio do autoteste.
A infectologista Ana Helena Germoglio afirma que, caso o resultado do teste seja negativo, mas os sintomas persistam, é necessário realizar o teste novamente em 24 ou 48 horas.
“Os testes desta modalidade são confiáveis, têm uma sensibilidade boa, mas precisam ser bem feitos e no momento correto”, explica a infectologista.
Os testes rápidos de antígeno devem ser realizados entre o 1º e o 7º dia de início dos sintomas. Caso a pessoa esteja assintomática, ela deve fazer o exame cinco dias depois do contato com a pessoa que testou positivo.
Teste RT-PCR
Considerado padrão ouro, o teste RT-PCR é feito a partir de uma amostra de secreções retirada do nariz ou da boca em um laboratório e este material passa por uma análise mais criteriosa, confirmando, ou não, a presença do vírus.
O ideal é que esse teste seja feito entre o 3º e o 7º dia após o início dos sintomas.
Teste de anticorpos
O teste de anticorpos é feito através da coleta de uma gota de sangue no dedo, para rastrear a presença de anticorpos – Imunoglobulina M (IgM), liberado durante a infecção para combater o vírus, ou Imunoglobulina G (IgG), produzido na fase mais tardia da infecção.
O resultado sai entre 15 e 30 minutos após a coleta. O teste rápido de anticorpos não é indicado para identificar se a pessoa desenvolveu imunidade após a vacinação.
Quem deve fazer os testes?
Qualquer pessoa com sintomas correspondentes à Covid-19 ou que tenha tido contato recente com um paciente infectado deve fazer o teste para conter a propagação do coronavírus. (Com informações do portal Tua Saúde)
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