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Resultado do Ibope no DF aumenta expectativa pelo Datafolha

Pesquisa a ser divulgada nesta sexta-feira (28/9) pode confirmar ou não liderança de Eliana e Ibaneis

Autor Hélio Doyle

atualizado

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temwork, business team with laptop in the office, people working
1 de 1 temwork, business team with laptop in the office, people working - Foto: ISTOCK

A pesquisa do Ibope divulgada na quinta-feira (27/9) despertou mais expectativas para a do Datafolha que sairá às 19h desta sexta-feira (28). Pela primeira vez, dois candidatos – Eliana Pedrosa (Pros), com 21%, e Ibaneis Rocha (MDB), com 20% – se descolaram dos demais bem além da margem de erro, e o Datafolha é que poderá confirmar ou não essa tendência. Se for isso mesmo, os três candidatos que ficaram para trás, com 11% – Alberto Fraga (DEM), Rodrigo Rollemberg (PSB) e Rogério Rosso (PSD) –, dificilmente alcançarão os líderes até 7 de outubro.

Até os candidatos e seus assessores que desdenham das pesquisas aguardam com ansiedade os números do Datafolha. Quando o candidato não vai bem nas pesquisas, diz que não acredita nelas, que estão erradas. Alguns chegam ao ridículo de recorrer ao surrado argumento de que andam por toda a cidade e não é isso que veem pelas ruas… Mas, quando há algum número que o beneficie, o mesmo candidato cuida logo de produzir material de campanha exaltando seu desempenho.

Pesquisas não são infalíveis e os mais bem equipados e respeitados institutos erram, e às vezes erram feio. Aliás, aqui e em vários países, como tem acontecido em eleições na América do Sul, nos Estados Unidos e na Europa. Há também os institutos que vendem resultados e fraudam as pesquisas. Por isso, os analistas costumam examinar o conjunto das pesquisas para verificar as discrepâncias e as tendências.

Isso, porém, não significa que as sondagens não devam ser consideradas, desde que se saiba lê-las e interpretá-las corretamente. Tanto o Ibope quanto o Datafolha têm uma reputação a zelar e não vão errar deliberadamente. Os resultados que apresentam devem ser analisados levando-se em conta, entre outros elementos, as pesquisas anteriores e as margens de erro. Se houver muita diferença entre os números dos dois, a dúvida só será dirimida nas próximas ou mesmo no dia da eleição.

Os candidatos que têm mais recursos financeiros dispõem de uma pesquisa diária, chamada de tracking, que indica o desempenho de cada um deles e permite verificar a dança dos índices e estabelecer médias. Quando saem as pesquisas, comparam os números que têm com os apresentados pelo tracking. Geralmente erram quando consideram seus números corretíssimos e os demais equivocados.

Senado embolado
Se Eliana e Ibaneis estão mesmo à frente, os três candidatos com 11% terão de buscar os 11% que pretendem votar em branco ou anular e os 4% que ainda dizem não saber em quem votar. E é quase impossível que todos esses eleitores se encaminhem para um mesmo candidato.

A esperança de Rollemberg de receber o “voto útil” dos que não querem eleger um dos azuis, que são os quatro candidatos do grupo que teve origem em Joaquim Roriz, ficou ainda menor porque os que votarão nos demais, que têm entre 1% e 3% segundo o Ibope, dificilmente migrarão para ele em quantidade suficiente para que chegue perto de Eliana e Ibaneis.

A eleição para o Senado é que embolou e, se os números do Ibope estão certos, há três disputando as duas cadeiras: Leila do Vôlei (PSB), com 25%; Cristovam Buarque (PPS) e Izalci Lucas (PSDB), com 22%. Depois vêm Chico Leite (Rede), com 15%, Wasny (PT), com 13%, e Fadi Faraj (PRP) com 8%. Mas, como há 31% dos eleitores que não sabem em quem votar e 17% manifestam intenção de anular ou votar em branco na primeira vaga e 25% na segunda vaga, não dá para dizer que a eleição está decidida.

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