metropoles.com

Ataques a hospitais e áreas de socorro na guerra chocam o mundo

O mais recente caso foi um bombardeio numa maternidade em Mariupol. Ao todo, 17 pessoas, entre mulheres e bebês, ficam feridas

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Telegram
maternidade bombardeada na Ucrania.jpg 2.jpg
1 de 1 maternidade bombardeada na Ucrania.jpg 2.jpg - Foto: Reprodução/Telegram

Toda guerra tem perdas. Algumas são evitáveis. Outras, condenáveis, pelo desprezo à vida humana e pela ausência de qualquer razão estratégica. Os mais recentes desdobramentos do conflito na Ucrânia mostram como isso acontece.

Nem mesmo hospitais, maternidades e áreas destinadas ao socorro de feridos têm sido preservadas. Esses espaços entraram na mira de mísseis e fuzis.

Rússia e Ucrânia trocam acusações sobre a autoria dos ataques enquanto pessoas – na mais extrema vulnerabilidade – morrem.

A população mundial ficou chocada nessa quarta-feira (9/3) com um bombardeio a uma maternidade (foto em destaque) em Mariupol, no leste da Ucrânia. Ao todo, 17 pessoas, entre mulheres e bebês, ficaram feridas. Algumas, debaixo de escombros.

A Ucrânia acusou o Exército russo de atacar a unidade de saúde. O governo russo admitiu o ataque, mas alegou que os ucranianos teriam colocado unidades militares no prédio e usado os civis como escudos humanos.

O horror foi condenado com vigor pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelos Estados Unidos e pelo Vaticano. Todos condenaram esse tipo de ataque.

A Ucrânia contabiliza mais de 30 hospitais alvejados. A OMS trabalha com uma estimativa mais tímida: 18 centros de saúde atacados.

Repercussão

Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, reagiu com dureza ao ataque. Nessa quarta-feira (9/3), em conversa com jornalistas na sala de imprensa, em Washington, Psaki classificou o bombardeio como “crime horripilante e caso bárbaro”.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pelas redes sociais, classificou o ataque como “atrocidade”. Além disso, voltou a pedir o fechamento do espaço aéreo ucraniano.

“Ataque direto de tropas russas em uma maternidade. Pessoal, crianças estão sob os destroços. Atrocidade. Por quanto tempo mais o mundo será um cúmplice ignorando o terror? Feche o céu agora mesmo. Pare com os assassinatos. Vocês têm poder, mas parecem estar perdendo a humanidade”, escreveu Zelensky.

O Vaticano se uniu ao coro de condenações contra um ataque russo a uma maternidade ucraniana. “O bombardeio a uma maternidade é inaceitável e não há motivações”, reclamou o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin.

Saúde na mira

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, lamentou os ataques contra o sistema de saúde na Ucrânia. Segundo ele, 10 pessoas morreram nessa situação.

“Esses ataques atingem toda a comunidade global da saúde. Mais de 2 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia, e a OMS está dando suporte aos países vizinhos para garantir atendimento médico aos refugiados”, frisou.

O diretor-geral da OMS também pediu que a Rússia permita acesso de ajuda humanitária ao país vizinho. “A única solução real para essa situação é a paz”, concluiu.

0

A chefe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Catherine Russell, também reagiu. Em comunicado ela disse que ficou “horrorizada” com o ataque.

“Estou horrorizada com o ataque que teria deixado crianças pequenas e mulheres em trabalho de parto soterradas sob os escombros de prédios destruídos. Tememos o pior”, ressaltou no texto.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?