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Mulher é assassinada em apartamento no DF. Suspeito se mata

Fátima Lisboa, 31 anos, teria sido morta com golpes de martelo de bater carne. Caso é investigado como feminicídio

atualizado

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1 de 1 Atevaldo-e-Fatima - Foto: Reprodução/Facebook

Uma mulher, identificada como Fátima Lisboa, 31 anos, foi encontrada morta em um apartamento do Núcleo Bandeirante na manhã desta terça-feira (21/01/2020). O caso é tratado como feminicídio.

Testemunhas contaram que a vítima estava em processo de separação. O atual companheiro, Atevaldo Sobral Santos, foi encontrado morto no Riacho Fundo. Suspeito do crime, ele teria se enforcado, por volta das 19h de segunda-feira (20/01/2020), mesmo dia do crime.

mulher estava caída ao lado da mesa de jantar da copa. Amigos entraram no apartamento ao ficarem preocupados, pois Fátima não atendia as ligações telefônicas nem abria a porta da residência de segunda para terça-feira.

O corpo da vítima foi achado no Edifício Tupi, na Avenida do Contorno da região administrativa. A 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante) investiga a morte. A mulher teria sido assassinada com um martelo de bater carne, informação ainda não confirmada pela PCDF.

Em seu perfil no Facebook, Fátima se identificava como empreendedora na empresa Ltbijoias. Pessoas próximas disseram que ela trabalhava como autônoma.

A vítima tinha três filhos, sendo duas meninas de 10 e 14 anos, do casamento com o empresário Anderson da Silva Santos, 40. “Ficamos juntos por uns quatro anos. Ela era uma pessoa explosiva”, disse o ex-marido, que estava no prédio onde ocorreu o crime na manhã desta terça-feira.

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De acordo com o delegado Bernardo de Melo, da 11ª DP, está confirmada a morte violenta. O investigador não deu detalhe sobre o feminicídio. “Vamos seguir o mesmo protocolo d0 caso da Candangolândia. Estamos apurando tudo para saber as circunstâncias do crime”, pontua.

Segundo o policial, o assassinato ocorreu entre 11h e 13h de segunda-feira (20/01/2020), mas como os vizinhos ainda não foram ouvidos, não dá para saber se houve discussão antes. “Os moradores estão prestando os esclarecimentos. É muito cedo para dizermos algo”, explica.

Outros casos
Se confirmado, este será o quarto feminicídio do ano no Distrito Federal. Uma das vítimas é Rute Paulina da Silva, 42 anos, assassinada em Samambaia, no dia 14 de janeiro. A mulher descrita por vizinhos como tranquila e religiosa foi morta pelo companheiro, que está preso.

O corpo de Rute foi encontrado na Quadra 321 de Samambaia Sul, com a marca de uma facada no pescoço. Ela deixou dois filhos – de 7 e 2 anos. Uma das crianças chegou a dizer que viu o pai esfaqueando a mãe deles.

primeiro feminicídio de 2020 é o de Larissa Francisco Maciel, 21, na Candangolândia. O suspeito é um jovem de 20 anos, que é casado e mantinha um relacionamento extraconjugal com a vítima.

A diarista foi morta na madrugada de 6 de janeiro, após uma festa em um posto de gasolina. O corpo dela foi achado nu, no altar da Igreja Evangélica Tenda da Libertação. O assassino foi preso no dia 15 de janeiro.

O outro caso é o de Gabrielly Miranda, 18, morta pelo namorado, Leonardo Pereira, também no dia 14 em Samambaia. Ele assassinou a parceira com um tiro na cabeça.

Em 2019, o Metrópoles iniciou um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal são contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

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