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Ministro da Justiça vai enviar 20 homens da Força Nacional para reforçar buscas por Lázaro

Anderson Torres ligou pessoalmente para o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, e ofereceu a ajuda federal

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Força Nacional
1 de 1 Força Nacional - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Vinte homens da Força Nacional de Segurança serão encaminhados para o Entorno do DF, onde mais de 200 policiais estão focados nas buscas por Lázaro Barbosa, 32 anos. O ministro da Justiça, Anderson Torres, ligou para o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, e ofereceu a ajuda federal. A caçada policial entrou, nesta quinta-feira (17/6), no nono dia.

“Toda ajuda profissional é bem-vinda. Eles estão para chegar”, anunciou o secretário de Segurança de Goiás.

As buscas desta quinta-feira estão focadas em uma área de mata fechada, em Girassol, no Residencial Itamar Nóbrega I. Um morador da região disse ter visto homem com as mesmas características de Lázaro no local. O ponto está localizado às margens da BR-070, em frente à base de operações que foi transferida para o local na manhã da quarta-feira (16/6).

“A inteligência está filtrando as informações, para ver se todas conferem. Também realizamos buscas no local”, informou Rodney Miranda.

O secretário de Goiás afirmou que Lázaro está mantendo um padrão de atuação. “A cada dia, ele se desgastando mais e cometendo erros. Cada aparição dele é um erro. E são nesses erros que nós vamos pegá-lo”, acredita.

Sobre a informação que circulou na noite de quarta-feira (16/6), de que policiais haviam baleado e matado Lázaro, o secretário goiano pontuou que notícias falsas atrapalham a ação das forças policiais. “Fake news atrapalham. Temos que checar o local e as informações, e isso atrapalha equipes que poderiam estar em campo e agir rapidamente”, ressaltou.

“Parceria total”

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, também está em Girassol (GO) e reafirmou que os policiais do DF estão focados na investigação. “A parceria com a operação é total desde o início, até porque ele começou atuando no DF. As polícias do DF estão dedicadas na busca. Confiamos plenamente na coordenação operacional por parte do Goiás”, frisou.

“Nós precisamos repensar o sistema de percepção criminal um todo, pois impacta na segurança. Ele já foi preso, investigado e conseguiu liberdade. É necessário que passemos por uma reformulação da norma, para que isso não volte a ocorrer”, ponderou o secretário do DF.

Três helicópteros foram acionados para averiguar a denúncia de que Lázaro foi visto, nesta manhã, em uma fazenda da região. As informações foram recebidas pelo serviço de inteligência. Apurações preliminares apontam que um morador da região teria dito que a Lázaro passou a noite em uma área urbana do bairro e entrou na mata pela manhã.

Neste momento, as buscas estão concentradas entre o Residencial Itamar Nóbrega I e o Residencial Itamar Nóbrega III. Ele estaria indo em direção ao conjunto habitacional onde o pai dele mora, em Girassol. O homem deixou a casa após a repercussão do caso.

Morador da região há 30 anos, que preferiu não se identificar por medo, contou ao Metrópoles o que era noticiado nos grupos da região, nas primeiras horas do dia. “Assim que chegou até nós, resolvemos vir até a base para denunciar e a polícia já está no local. A informação de que ele poderia estar na área, próximo ao gabinete de crise, é real. Diversas viaturas estão espalhadas na tentativa de capturá-lo.”

Buscas

As polícias do Distrito Federal, de Goiás e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) entram no nono dia de caçada a Lázaro Barbosa, 32 anos. O homem é acusado de matar uma família no Incra 9, na quarta-feira da semana passada (9/6), e de espalhar terror nas zonas rurais do DF e do Entorno. Ele fez chacareiros reféns e trocou tiros com um caseiro e com a polícia, mas segue foragido.

Aproximadamente 200 policiais estão na região do Entorno do DF, espalhados entre Edilândia, Cocalzinho, Girassol e Águas Lindas de Goiás, onde montam barreiras e fazem buscas em áreas de matas. Dois helicópteros dão suporte nas operações aéreas, conduzidas pelas polícias Civil e Militar, do DF e de Goiás.

Tiro em policial e família refém

Na tarde de terça (15/6), Lázaro baleou de raspão um policial, durante troca de tiros. O autor da chacina no Distrito Federal também fez três reféns em Edilândia. Na fuga, o criminoso passou por uma chácara e escondeu reféns sob folhas, para que não fossem vistos pelas buscas aéreas da polícia. Eles foram encontrados com vida. As vítimas são pai, mãe e filha, de 48, 40 e 15 anos, respectivamente.

Também na terça-feira, Lázaro foi flagrado por câmeras de segurança. “Ele estava com uma jaqueta, bermuda, uma blusa e uma botina. Estava com uma mochila nas costas, mas não vi qualquer machucado. Não havia nada aparente. Ele dormiu na cama que eu descanso e não ficou marca de sangue. Só suja de terra. Se estava armado, a arma estava dentro da mochila”, disse o chacareiro Rosinaldo Pereira de Moraes, 55 anos.

Desde a noite de segunda (14/6), após Lázaro trocar tiros com um caseiro em Edilândia, havia a suspeita de que o homicida poderia estar ferido.

Veja imagens das buscas a Lázaro:

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Chacina

Lázaro é suspeito de matar Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. Ele ainda sequestrou e matou Cleonice Marques de Andrade, 43 anos, esposa de Cláudio e mãe das outras vítimas. O crime ocorreu na madrugada do dia 8 de junho, no Incra 9, em Ceilândia.

O corpo dela foi encontrado no sábado, em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com um corte nas nádegas, em uma zona de mata perto da BR-070.

A morte de Cleonice reflete a crueldade de Lázaro. Caçado por uma coalização de forças policiais, o maníaco matou a mulher com um tiro na cabeça.

Família Vidal:

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Desde que matou a família Vidal, Lázaro vem entrando e saindo de propriedades, fazendo novas vítimas. Ainda no Incra 9, em Ceilândia, ele invadiu outros dois locais. Obrigou os chacareiros a cozinharem para ele e até mesmo a fumarem maconha com ele. Sempre agressivo, chegou a roubar um carro e incendiá-lo, próximo a Cocalzinho.

No sábado (12/6), ele invadiu a fazenda da família de um soldado do 8⁰ Batalhão de Polícia Militar (BPM), propriedade situada perto da Lagoa Samuel. O suspeito fez o caseiro refém, quebrou móveis e objetos da residência, bebeu e fumou maconha. Também obrigou o funcionário a consumir a droga.

Segundo a corporação, o dono do imóvel chegou à propriedade no início da noite, e abriu cancela. Foi nesse momento, provavelmente, que o suspeito fugiu e levou o caseiro como refém.

O criminoso seguiu para a fazenda ao lado, a cerca de 700 metros, e baleou três homens. Havia no local uma mulher e uma criança. Testemunhas informaram que o suspeito da chacina colocaria fogo na casa, mas não o fez por causa das vítimas.

Possíveis disfarces

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio do Laboratório de Representação Facial Humana, divulgou imagens de possíveis de disfarces de Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos.

A medida tem como objetivo apresentar possíveis aparências do foragido, a fim de facilitar o seu reconhecimento, caso Lázaro tenha feito alterações estéticas ou esteja usando algum acessório, como boné, máscara e óculos.

A PCDF solicita o apoio da população para localizar o homem. As informações podem ser feitas pelo Disque Denúncia, no telefone 197. A ligação é anônima.

Veja as projeções:

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