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Ibaneis: UCIs em hospitais de campanha “vão solucionar fila por UTI”

Apesar do anúncio do GDF de que seriam 300 UTIs, a Secretaria de Saúde diz agora que todos os leitos dos hospitais de campanha serão UCIs

atualizado

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Jaqueline Lisboa/Metrópoles
Ibaneis Rocha na Lide
1 de 1 Ibaneis Rocha na Lide - Foto: Jaqueline Lisboa/Metrópoles

O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse, nesta quinta-feira (22/4), que leitos de unidade de cuidados intermediários (UCIs) instalados nos três novos hospitais de campanha do Distrito Federal vão “solucionar a questão da fila por leitos de UTI”. A afirmação foi feita em publicação no Twitter.

Nesta quinta, a Secretaria de Saúde informou que os três hospitais de campanha não terão leitos de unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, sim, de UCI. As estruturas estão montadas em Ceilândia, no Gama e Plano Piloto desde a última semana e ainda serão inauguradas.

Segundo Ibaneis, os 300 leitos “têm todo equipamento para atendimento de UTI, incluindo suporte para diálise, que não consta em leitos de UCI”. O governador acrescentou que estes não são mais descritos como UTIs “somente por conta da ausência de Centro Cirúrgico no local”.

Veja, abaixo, a publicação:

Entenda

Em nota enviada ao Metrópoles nesta quinta-feira, a Secretaria de Saúde do DF justificou que, “de acordo com Portaria nº 1514, do Ministério da Saúde, nos hospitais de campanha, que são estruturas temporárias, não podem ser instalados leitos de UTI”.

Segundo a pasta, cada uma das novas estruturas terá 100 leitos de UCI, “com suporte ventilatório pulmonar e suporte dialítico, atendendo, assim, às principais necessidades dos pacientes com Covid-19”. A UCI é um serviço hospitalar destinado a usuários em situação clínica de risco moderado.

A portaria citada, entretanto, não proíbe a instalação de UTIs em hospitais de campanha. Recomenda que se priorize a abertura desses leitos em unidades hospitalares permanentes: “Priorizar a estruturação dos leitos clínicos e de UTI em unidades hospitalares existentes e permanentes da rede assistencial”.

Procurado, o Ministério da Saúde informou que não impede a implementação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) em hospitais de campanha. Segundo o MS, o órgão “não indica a existência de Leitos de UTI em Hospitais de Campanha (estrutura temporária), conforme consta no artigo 6º da Portaria nº 1.514, de 15 de junho de 2020”. No entanto, ressalta que não há impedimento — como fora apontado pela SES-DF.

No próprio Distrito Federal, os Hospitais de Campanha de Ceilândia, Santa Maria e da Polícia Militar já contam com leitos de UTI. O sistema InfoSaúde, do GDF, mostra os números de UTIs Covid em cada uma destas unidades.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) disse que a força-tarefa de enfrentamento à Covid-19 está acompanhando o caso, mas não deu mais detalhes.

Licitação

A retomada da licitação para a construção dos três hospitais de campanha foi publicada no Diário Oficial do DF, em 16 de março, prevendo a construção de leitos de UTI. Veja:

aviso de licitação de hospitais de campanha

 

Os três novos hospitais de campanha do Distrito Federal começaram a ser erguidos em 27 de março, segundo a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). As empresas contratadas tinham até 20 dias para a entrega e terminaram as obras no prazo máximo, em 15 de abril.

Em 16 de abril, os locais foram entregues para o Governo do Distrito Federal (GDF) começar a inspeção. De acordo com a Secretaria de Saúde, nessa mesma data, o GDF solicitou novas informações sobre especificações técnicas para a empresa que irá gerenciar os hospitais. A pasta já recebeu a resposta, que agora está sendo analisada pela área técnica.

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Na terça-feira (20/4), o governador assinou contrato com a empresa que gerenciará os hospitais. De acordo com o chefe do Executivo local, com a medida, em cerca de 10 dias, será possível abrir os 300 novos leitos. A empresa vencedora é a Mediall Brasil.

O contrato do GDF com a empresa terá duração de 180 dias. A contratada deverá fornecer manutenção e insumos necessários ao funcionamento dos equipamentos (incluindo computadores e impressoras) e atendimento dos pacientes (medicamentos, materiais médico-hospitalares, gases medicinais e esterilização de equipamentos e materiais, além de alimentação, nutrição enteral e parenteral).

Ocupação de UTIs

A mudança de informações sobre os tipos de leitos nos hospitais de campanha ocorre no momento em que o DF tem mais de 100 pessoas à espera de uma unidade de terapia intensiva para o tratamento da Covid-19. Até as 13h desta quinta, a fila tinha 118 pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus. A lista de espera de UTIs, no geral, é de 208 pessoas.

A taxa de ocupação de unidades de Terapia Intensiva (UTIs) voltadas para pacientes com Covid-19 na rede pública do Distrito Federal está em 97,6% nesta tarde. O dado é do portal InfoSaúde, do GDF, atualizado às 12h25.

Atualmente, há 451 leitos para pacientes com o novo coronavírus ocupados e 11 vagos na rede pública. Entre as unidades disponíveis, duas são pediátricas, seis neonatais e três adultas. Oito aguardam liberação.

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