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Água de Corumbá IV chega às torneiras do DF em dezembro, diz governo

Visita a uma das estações em Valparaíso, nesta quarta, reuniu os governadores Rollemberg e Marconi Perillo, além de dois ministros de Temer

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 corumbá - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma comitiva de peso visitou nesta quarta-feira (17/1) a Estação de Tratamento de Água Valparaíso e da adutora de água tratada, em Valparaíso (GO), Entorno do DF. A construção faz parte do sistema de Corumbá IV. O projeto é uma dobradinha dos governos goiano e brasiliense e deve ser concluído até agosto, garantindo o abastecimento no Distrito Federal por pelo menos 30 anos. A partir de dezembro, a população da capital federal deve começar a receber a água captada no Lago Corumbá.

E em ano eleitoral, a conclusão da obra é vista como uma chance de turbinar o currículo daqueles que têm pretensões políticas na região. De olho nessa oportunidade, além dos governadores Rodrigo Rollemberg (PSB) e Marconi Perillo (PSDB), participaram da vistoria os ministros Moreira Franco (MDB), da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Alexandre Baldy (sem partido), do Ministério das Cidades. Eles representaram o governo federal, que banca parte da obra via Caixa Econômica Federal.

“Esta é a maior obra de captação de água em curso no Brasil”, destacou Rollemberg. O chefe do Executivo local fez um discurso caloroso, enaltecendo a ajuda da União não apenas para esse projeto, mas para outros, como a expansão do metrô e a construção de um viaduto no Sudoeste. A liberação de recursos chegou a causar entrevero entre políticos do DF e o Palácio do Buriti, sobre a “paternidade” dos pedidos de verba.

Rollemberg também destacou a ação do ex-governador Joaquim Roriz, já que foi no governo dele que o projeto de Corumbá IV saiu do papel: “Nós temos que reconhecer a visão estratégica, naquele momento”.

Os ministros de Michel Temer também aproveitaram a oportunidade para destacar as ações da gestão do emedebista. “O presidente dá muita importância às obras de infraestrutura. Espero que, em breve, nenhum morador de Brasília tenha que passar por uma crise hídrica novamente”, destacou Moreira Franco. “Nós direcionamos cerca de R$ 300 milhões para o Distrito Federal. Esses investimentos no metrô, no BRT, que ligará Santa Maria a Luziânia, também serão de grande utilidade para moradores do Entorno que usam a estrutura do DF”, afirmou Alexandre Baldy.

Obra milionária
As obras do Sistema Produtor Corumbá são fruto de um consórcio entre DF e Goiás. Além da adutora de água tratada, cabe à Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) a construção da Estação de Tratamento de Água, em Valparaíso (GO) e de 15,3 quilômetros de adutora de água bruta. A parte do DF está 72% executada.

A captação da água em Luziânia (GO) e a construção de 12,7 quilômetros de adutora de água bruta são de responsabilidade do governo goiano. As obras ficaram paralisadas por meses após suspeita de superfaturamento por parte de Goiás. Perillo assegurou, no entanto, que os trabalhos serão entregues a tempo. “Todos os ajustes necessários foram feitos. A sintonia entre os governos e as empresas é perfeita, vamos cumprir o cronograma.”

As intervenções vão beneficiar cerca de 1,3 milhão de pessoas no início da operação do sistema — 650 mil no Distrito Federal e 650 mil em municípios goianos do Entorno. Esse número vai chegar a 2,5 milhões, metade em cada unidade da Federação.

O orçamento é de R$ 540 milhões, divididos de forma igualitária entre DF e Goiás, com participação da União.

As regiões administrativas do DF que vão receber a água serão Gama e Santa Maria, em um primeiro momento; depois, Planaltina, Recanto das Emas e Riacho Fundo. Quatro municípios goianos do Entorno fecham a lista: Cidade Ocidental, Luziânia, Novo Gama e Valparaíso.

Serão captados 2,8 mil litros de água por segundo na primeira etapa dos trabalhos, sendo 1,4 mil para o DF e 1,4 mil para Goiás. Em um segundo momento, para além de 2018, chegará a 5,6 mil litros por segundo, metade para cada um.

 

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