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Acusado de bater na namorada, diplomata agressor de mulheres é preso

Renato de Ávila Viana foi levado para a 5ª DP após vizinhos chamarem a polícia. Mas pagou fiança e acabou liberado

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Diplomata renato ávila viana
1 de 1 Diplomata renato ávila viana - Foto: Facebook/Reprodução

O diplomata brasileiro Renato de Ávila Viana se envolveu em mais um caso de polícia nesta quarta-feira (19/9). Ele foi detido pela manhã no prédio onde mora, na 304 Norte. Após denúncia de vizinhos, que ouviram gritos de socorro da namorada dele no imóvel, a Polícia Militar o levou para 5ª DP (área central). Mas Viana acabou liberado depois de pagar cerca de R$ 1 mil de fiança.

Segundo dados repassados pela Polícia Civil, a ocorrência foi registrada como dano ao patrimônio, desacato, lesão corporal e violência doméstica. Ele estaria viajando e, quando retornou, se envolveu em mais uma confusão e foi preso.

De acordo com apuração do Metrópoles, Renato teve um ataque de ciúmes por conta de mensagens e ligações que estavam no celular da namorada. Ele teria jogado o aparelho no chão e o estraçalhou. Agarrou a vítima pelos braços e começou a sacudi-la. Em seguida, a namorada teria se debruçado na janela e começado a gritar. A PM foi chamada e teve de arrombar a porta, pois o diplomata não queria abri-la. O homem ainda teria xingado os policiais de “safados e vagabundos”.

“Foi hoje de manhã. Ouvi os gritos. E ela [a namorada] pedindo socorro, mas não sei quem acionou a polícia. Provavelmente foi um vizinho que viu a confusão”, disse um dos moradores do bloco onde o diplomata mora, que preferiu não se identificar.

Advogada de Viana, Dênia Érica Gomes Magalhães garantiu que o episódio com a namorada não envolveu violência doméstica. Tanto é que o acusado pagou fiança e foi liberado, disse a defensora. Logo após ser solto, o diplomata foi visto no prédio. A reportagem interfonou três vezes para o apartamento de Viana, mas o sinal só dava ocupado.

No dia 17 de dezembro do ano passado, o Metrópoles mostrou o envolvimento de Viana com episódios de agressão contra mulheres. Na ocasião, Bianca* disse ter perdido o dente da frente ao ser espancada pelo então namorado, o diplomata e primeiro-secretário do Ministério das Relações Exteriores (MRE) Renato de Ávila Viana, 41 anos, de acordo com ocorrência registrada na Delegacia da Mulher. “Ele estragou o meu riso”, afirmou.

Bianca teve de colocar um dente provisório por não ter condições de pagar por um implante. O tratamento ortodôntico foi orçado em R$ 56 mil, pois houve entortamento da mordida e outros danos. Ela entrou na Justiça, desde janeiro de 2017, para que Renato Viana arcasse com as despesas.

Em 18 de novembro de 2016, Bianca e Viana brigaram em um motel de Brasília. Eles conversavam sobre a possibilidade de reatar a relação – marcada por abusos e ocorrências policiais. Ela relatou ter se recusado a voltar, então ele a agrediu com chutes e uma cabeçada na boca. Funcionários do estabelecimento constam como testemunhas no processo, que corre na Justiça.

Não foi a primeira vez que Bianca registrou uma ocorrência contra o diplomata. Em outra ocasião, ele a agarrou pelos seios, deixando-os roxos, e causou diversos hematomas nos braços, pernas e pescoço da vítima, como mostra o laudo do Instituto Médico Legal (IML) incluído em outra ação pela qual o homem responde judicialmente. O crime ocorreu dentro do apartamento funcional ocupado pelo servidor, na 304 Norte.

Em março deste ano, Viana teve de se explicar, mais uma vez, para a polícia. A moradora da Asa Norte Jobeniva Melo, 60, registrou ocorrência na 1ª DP (Asa Sul) na qual acusava o servidor do Itamaraty de manter a filha dela, de 35 anos e com supostos problemas psiquiátricos, em cárcere privado. Pela segunda vez, Jobeniva procurou ajuda policial por temer pela vida da familiar.

Após o registro da ocorrência, Viana esteve na Delegacia da Mulher (Deam), ao lado da filha de Jobevina, para prestar depoimento. Na ocasião, a mulher, que não teve o nome revelado para resguardá-la, negou as agressões.

Essa mesma vítima estaria com Viana nesta quarta (19). Ela não quis fazer exame de corpo de delito no IML, embora apresentasse lesões nos pulsos. Primeiro, disse ter sido agredida. Depois, mudou a versão. Ressaltou que pediu socorro porque estava com medo de ser espancada. Mas, como ele não a teria agredido, não quis representar contra o diplomata.

O Metrópoles acionou o Itamaraty, que informou ter conhecimento do caso e comunicou que vai se manifestar ainda nesta quarta (19).

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